Tribuna Ribeirão
Economia

Preço da cesta básica cai 1,46%

Foto: Reprodução  

O preço da cesta básica de alimentos essenciais nos mercados de Ribeirão Preto registrou queda de 1,46% em agosto, a terceira queda seguida – caiu 1,87% na passagem de abril para maio e 1,64% do quinto mês para julho. Não houve coleta de preços em junho. Foi a quarta deflação do ano. Vinha de três altas seguidas: de 2,59% em fevereiro, 1,54% em março e 0,77% em abril.

Havia emendado quatro aumentos seguidos no final do ano passado, de 8,06% em setembro, 5,68% em outubro, 1,92% em novembro e 2,03% em dezembro. O valor recorde da série histórica, que começou em maio de 2023, pertence a abril de 2025, quando fechou em R$ 760,66. Encerrou maio em R$ 746,43. Recuou de R$ 734,20 em julho para R$ 723,47 em agosto, desconto de R$ 10,73.

A queda é atribuída à maior oferta de produtos agrícolas e à redução dos custos logísticos, influenciada pela colheita de inverno e pelo maior volume de importação do arroz. Encerrou 2024 com inflação acumulada de 15,3% – o aumento de 2,03% de dezembro foi o percentual mais elevado do período. O levantamento mensal é do Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp).

Em doze meses, em comparação com agosto do ano passado, quando a cesta com 13 alimentos essenciais custava R$ 622,47, a alta chega a 16,23%, acréscimo de R$ 101. Na época, houve inflação de 3,33%, segundo pesquisa do IEMB. O estudo aponta ainda que da região com menor custo (R$ 674,40) para a mais cara (R$ 773,40), o consumidor pode chegar a gastar até R$ 99 a mais pela compra dos mesmos 13 itens básicos. A variação chega a 14,68%, segundo a pesquisa do IEMB-Acirp.

Os dados do Índice Mensal de Cesta Básica foram divulgados nesta sexta-feira, 29 de agosto. Os analistas da Acirp percorreram 14 estabelecimentos no dia 20: dez supermercados e hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre as cinco regiões da cidade. O levantamento não tem caráter fiscalizador.

A taxa de agosto foi puxada pela queda nos preços da batata-inglesa (-23,56%), feijão carioca (-12,64%), arroz branco (-7,26%), açúcar cristal (-5,76%), café em pó (-5,81%), tomate italiano (-5,05%) e margarina com sal (-2,46%). A deflação não foi mais intensa porque subiram os preços do leite longa vida (2,82%), pão francês (1,81%), alcatra (1,29%), farinha de trigo (1,27%), banana nanica (1,24%) e óleo de soja (0,46%).

O grupo alimentar que mais pesa sobre as despesas do ribeirão-pretano, com 43,66% do valor total da cesta, é o da carne. Frutas e legumes absorvem 23,29% do orçamento, seguidos de farináceos (20,83%), laticínios (6,28%), leguminosas (3,09%), cereais (1,98%) e óleos (0,88%).

Em relação ao poder de compra, considerando uma remuneração de R$ 1.518 (salário mínimo), deduzidos 7,52% de descontos da Previdência Social, tem-se que o piso líquido é na ordem de R$ 1.403,85, de tal modo que um trabalhador de média idade comprometeria cerca de 51,53% de sua renda apenas com gastos alimentares em agosto.

Em carga horária, equivale a trabalhar 113,38 horas das 220 previstas na jornada do assalariado só para comprar comida, 1,68 a menos do que em julho – era de 111,7 horas no mês anterior. Para Lucas Ribeiro, analista do IEMB, o resultado reflete um momento de alívio temporário para o consumidor. “A queda em agosto mostra um excesso de oferta agrícola. Apesar do alívio, os custos com alimentação seguem elevados, o que limita o poder de compra do trabalhador”, ressalta.

Regiões
Neste mês, o valor da cesta básica de alimentos com 13 produtos ficou abaixo de R$ 700 em duas regiões de Ribeirão Preto. A Zona Leste tem o kit mensal básico de alimentos mais caro da cidade, no valor de R$ 773,40, seguida pela Central com R$ 770,92. Os alimentos são mais baratos na região Norte: o kit básico com 13 produtos custa R$ 674,40, contra R$ 5688,95 da Zona Oeste e R$ 754,77 da Zona Sul.

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