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Produção de café 
deve crescer 1,8%

Valter Campanato/Ag.Br.
Com 96% da área do café já colhida no final de agosto, a safra de 2025 do grão está estimada em 55,2 milhões de sacas beneficiadas

Resultado estimado para a produção de café em 2025 é influenciado pela recuperação de 3% na produtividade das lavouras na média nacional

Com 96% da área do café já colhida no final de agosto, a safra de 2025 do grão está estimada em 55,2 milhões de sacas beneficiadas. Mesmo este ano sendo caracterizado por ser um ciclo de baixa bienalidade, o volume estimado aponta um crescimento de 1,8% em comparação com o resultado obtido em 2024. Os dados são do 3º levantamento da cultura, divulgado nesta quinta-feira, 4 de setembro, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A produção estimada de café em 2025 é influenciada pela recuperação de 3% na produtividade das lavouras na média nacional, saindo de 28,8 sacas por hectare em 2024 para 29,7 sacas por hectare neste ano.

É importante lembrar que em 2024, ano de bienalidade positiva, o desempenho das lavouras foi prejudicado devido às adversidades climáticas registradas em diversas regiões produtoras. 

Já a área em produção para o atual ciclo está estimada em 1,86 milhão de hectares, redução de 1,2% ao se comparar com 2024, enquanto a área em formação registra um aumento de 11,9%, podendo chegar a 395,8 mil hectares. 

Com isso, a área total destinada à cafeicultura em 2025, considerando as espécies arábica e conilon tanto em produção como em formação, é de 2,25 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 0,9% em relação ao ano anterior.

A produção do café arábica está estimada em 35,2 milhões de sacas beneficiadas, o que representa uma redução de 11,2% em comparação à safra anterior. Essa queda é explicada, principalmente, pelo ciclo de baixa bienalidade associado à redução da área em produção. 

Minas Gerais, principal estado produtor de café do país, concentra a maior área com a espécie, totalizando 1,38 milhão de hectares, equivalente a 75,2% da área nacional de arábica. 

No estado mineiro, a produção está estimada em 24,7 milhões de sacas, redução de 10,8% em relação ao volume total produzido na safra anterior.

Além da bienalidade negativa, o registro de longo período de seca nos meses que antecederam à floração influencia na queda esperada.

No caso do conilon, a produção está estimada em 20,1 milhões de sacas beneficiadas, acréscimo de 37,2% em relação à safra anterior. Esse resultado é atribuído à melhor regularidade climática durante as fases críticas das lavouras, que favoreceu parte das floradas, e à boa formação de frutos por rosetas, em especial no Espírito Santo que representa 69% da produção de conilon no país. 

No estado capixaba, espera-se uma colheita de 13,8 milhões de sacas desta espécie, incremento de de 40,3% em relação à safra anterior.

Esta alta é justificada pelas boas precipitações verificadas no norte do estado, que beneficiaram as lavouras de conilon.

Outro importante estado produtor, a Bahia deve registrar uma melhora de 33,5% na produção total do grão (arábica e conilon), estimada em 4,1 milhões de sacas em todo o estado. 

Tal crescimento se deve à entrada de novas lavouras em produção, com alta produtividade e manejo irrigado, sobretudo na região do Atlântico, onde predomina a espécie conilon, e no Cerrado baiano.

Na espécie conilon, que representa 72% da produção de café na Bahia, observa-se o expressivo crescimento de 51,2%, com o volume de produção previsto em 2,95 milhões de sacas. 

A espécie arábica apresenta crescimento de 2,4%, prevista em 1,1 milhão de sacas. Rondônia também deverá registrar um acréscimo de 10,4% na colheita em comparação à safra passada, com uma produção estimada em 2,3 milhões de sacas em 2025.

Mercado – O Brasil exportou 23,7 milhões de sacas de 60 quilos de café no acumulado de janeiro a julho de 2025, o que representa uma redução de 16,4% na comparação com igual período de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Apesar da redução no comparativo anual, a quantidade exportada nos sete primeiros meses de 2025 é a terceira maior já registrada no Brasil, na comparação com igual período dos anos anteriores. No mesmo intervalo, a exportação brasileira de café somou cerca de US$ 9 bilhões, alta de 44,1% na comparação com igual período de 2024 e corresponde ao maior valor já registrado para o período, na comparação com os anos anteriores.

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