Por: Adalberto Luque
O motorista de uma van escolar de Colina foi preso, no dia 09 de outubro, mas a notícia só foi divulgada nesta quinta-feira, 16. José Antônio Mamprim, de 68 anos, conhecido por “Careca” é investigado pela prática de crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
De acordo com a Polícia Civil, as apurações começaram após algumas alunas se queixarem de abuso e atos libidinosos praticados na van escolar que ele conduzia.
“O autor se valia da posição de confiança e da rotina de transporte das vítimas para, quando encontrava alguma delas desacompanhada no interior do veículo, praticar atos de conotação sexual, valendo-se da oportunidade e do ambiente restrito”, informou em nota a Delegacia de Polícia de Colina.
De acordo com o apurado, os abusos ocorriam com crianças e adolescentes que eram deixadas por último, assim que ficassem no veículo apenas a vítima e o motorista. Eram crianças e adolescentes que moram na zona rural da cidade.
Vários depoimentos de vítimas foram colhidos e indicam que ele falava abertamente de sexo e atos libidinosos em geral na frente de todas as crianças, mas costumava elencar uma ou outra para deixar por último e, então, estacionava a van e cometia abusos.
Nos relatos feitos por especialista com acompanhamento do Conselho Tutelar, consta que ele teria passado a mão nas pernas de algumas vítimas, beijado outras à força. A Polícia Civil prossegue com as investigações e quer identificar outras eventuais vítimas, além de buscar materialidade das provas contra o condutor.
O homem está preso temporariamente desde 9 de outubro por estupro de vulnerável. O caso corre em segredo de Justiça. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do investigado. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Colina encaminhou nota a respeito do ocorrido no transporte escolar. Leia na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Colina esclarece que o transporte escolar da zona rural, destinado às unidades de ensino estaduais e municipais, é realizado exclusivamente por empresas contratadas por meio de processo licitatório, em conformidade com a legislação vigente. Atualmente, 16 empresas prestam o serviço de Transporte Escolar Municipal, incluindo microempresas (ME) e microempreendedores individuais (MEI), todos devidamente habilitados para a execução dos contratos.”
“Os motoristas são terceirizados e vinculados às empresas vencedoras das licitações, incluindo o prestador mencionado, José Antônio Mamprim, conhecido como “Careca”. A administração reforça que nenhum motorista atua de forma individual ou direta para a Prefeitura, sendo todas as contratações, documentação e responsabilidades operacionais de inteira atribuição das empresas que executam o serviço de transporte escolar, seguindo rigorosamente as normas estabelecidas.”
“O jurídico da Prefeitura informou que o caso está sob segredo de justiça, a pedido do Ministério Público. Desde o recebimento do pedido da Promotora do Caso, Paloma Marques Pereira, solicitando o afastamento do motorista, a Prefeitura suspendeu imediatamente suas funções e segue colaborando integralmente com o Ministério Público no que for necessário.”
“A Prefeitura reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a segurança dos estudantes atendidos pelo transporte escolar, garantindo que todas as ações sejam conduzidas dentro das normas e responsabilidades legais.”

