Tribuna Ribeirão
Economia

‘Crise do metanol’ 
afeta bares do país

Tânia Rêgo/Ag.Br.
 Bares e restaurantes: com relação a igual período de 2024, as vendas caíram 3,9%, após uma sequência de três meses de estabilidade

Elisa Calmon (AE)



As vendas no setor de bares e restaurantes recuaram 4,9% em setembro na comparação mensal, segundo o Índice Abrasel-Stone, divulgado mensalmente pela Stone em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Com relação a igual período de 2024, as vendas apresentaram retração de 3,9%, após uma sequência de três meses de estabilidade.

Além dos fatores macroeconômicos, como inflação elevada, pesou também o impacto dos casos de intoxicação por metanol, segundo o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

“Isso espalhou pânico entre os consumidores e provocou uma queda na movimentação de alguns estabelecimentos”, afirma.

O Brasil registra 46 casos de intoxicação por metanol, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde. O estado de São Paulo tem 38 e seis das nove mortes registradas no país até segunda-fera (20).

Para o economista e pesquisador da Stone, Guilherme Freitas, a crise do metanol adicionou um fator pontual de incerteza, enquanto o resultado de setembro reflete um ambiente mais desafiador para o setor de alimentação fora do lar.

“Apesar de o mercado de trabalho seguir em bom nível, com baixa taxa de desemprego, o ritmo de geração de vagas formais perdeu força e o endividamento das famílias segue elevado”, comenta.

Esse quadro limita a renda disponível para consumo e afeta especialmente itens não essenciais, como refeições e bebidas fora de casa, ainda segundo Freitas.

“A inflação específica do setor também continua pressionada, com alta acumulada em doze meses, o que encarece o tíquete médio e aumenta o preço”, complementa.

Dos 24 Estados contemplados pelo levantamento, apenas dois apresentaram crescimento nas vendas do setor de bares e restaurantes em setembro, na comparação anual: Maranhão (2,6%) e Mato Grosso do Sul (1%). Já as maiores quedas foram registradas em Roraima (11,5%), Pará (9,9%), Rio de Janeiro e Santa Catarina (7,6%), além de Paraíba e Sergipe (7%).

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