Por: Adalberto Luque –
O Ministério Público de São Paulo (MPSP), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Polícia Militar, está realizando uma grande operação contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atuam a partir de Franca, a 80 km de Ribeirão Preto, na manhã desta sexta-feira (14).
O objetivo é cumprir 33 mandados de prisão e vários de busca e apreensão. A ação ocorre, simultaneamente, nas cidades de Franca, Ribeirão Preto, Cristais Paulista, Jeriquara, Altinópolis, Cravinhos, Matão, Ituverava, São Carlos, Patrocínio Paulista, Miguelópolis, todas no Estado de São Paulo, além de Delfinópolis e Uberlândia, em Minas Gerais.
De acordo com o MPSP, a Operação Prisma surgiu a partir de uma investigação que revelou uma estrutura criminosa bastante organizada, estável e com hierarquia bem definida entre os integrantes da facção criminosa.
Entre dezenas de envolvidos que ocupam diversas funções dentro da facção, estão responsáveis por atividades de compra e venda de drogas, crimes contra o patrimônio, logística, cobrança, divisão ideológica e responsáveis pelos “tribunais do crime”.
Diante dos resultados apresentados pelo MPSP, a Justiça expediu os mandados de prisão e busca e apreensão. Por conta da periculosidade dos integrantes da facção e, pelo risco de fuga, a ação conjunta entre Gaeco e PM quer coibir a organização que vinha trabalhando para se estruturar e se expandir na região.
Os agentes também miram a apreensão de aparelhos celulares dos presos e pessoas próximas, que serão periciados para apontar outros integrantes do grupo. Além disso, houve apreensão de drogas, dinheiro em espécie e outras mídias e aparelhos eletrônicos.
Na última atualização, 22 pessoas haviam sido presas e um homem morreu em confronto com a PM. O Gaeco informou que Matheus Henrique Cintra, de 30 anos, teria reagido à prisão em sua casa, no bairro City Petrópolis, em Franca. Ele foi baleado e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas o homem já estava morto quando os socorristas chegaram.
Segundo o coronel Rodrigo Quintino, responsável pelo Comando de Policiamento do Interior 3 (CPI-3), a morte ocorreu após uma reação do suspeito. “No momento em que os policiais adentraram a residência para cumprir o mandado de prisão, ele reagiu e atentou contra a vida dos policiais”. Os presos foram levados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Franca, onde foram autuados e ficaram à disposição da Justiça. Reportagem em atualização.