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Creci passa a avaliar 
imóveis de permuta

Prefeitura de Ribeirão Preto quer trocar terreno público na Zona Sul por prédio do Colégio Marista no Centro: avaliação do CreciSP começa nesta semana

Técnicos do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) já estão na cidade para avaliar imóveis envolvidos na permuta de áreas da prefeitura de Ribeirão Preto e do Colégio Marista.

A gestão Ricardo Silva (PSD) pretende levar o Centro Administrativo Prefeito José de Magalhães para o prédio na rua Bernardino de Campos nº 550, na região Central. Atualmente, a sede do governo fica na Américo Brasiliense nº 426.

Os técnicos vão vistoriar os imóveis nesta quinta (4) e na sexta-feira, 5 de dezembro, para levantar todos detalhes antes de emitir o laudo de avaliação, que será concluído em São Paulo, sede do CreciSP.

Não existe data prevista para conclusão do parecer.

A avaliação destes dois imóveis é o primeiro passo de um acordo de cooperação técnica assinado pelo prefeito Ricardo Silva (PSD) com o CreciSP em novembro, na capital, ao lado do vice-prefeito e secretário da Casa Civil, Alessandro Maraca, e do presidente estadual do conselho.

José Augusto Viana Neto. Outras áreas públicas também passarão por avaliação nos próximos cinco anos

O acordo permitirá o acesso consultivo e seguro de corretores credenciados ao cadastro imobiliário municipal. A iniciativa tem como objetivo aprimorar a integridade das informações cadastrais, fortalecer a transparência e apoiar a gestão tributária e urbana do município.

O termo firmado com o CreciSP estabelece diretrizes rigorosas de segurança da informação e proteção de dados pessoais, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e com o sigilo fiscal previsto no Código Tributário Nacional.

O acesso será restrito a dados cadastrais estritamente necessários – nome do proprietário, número da matrícula e endereço do imóvel –, sem qualquer consulta a dados sensíveis, financeiros ou tributários.

A cooperação não onerosa e terá vigência inicial de cinco anos, podendo ser prorrogada. O sistema de acesso contará com autenticação multifator (MFA), trilhas de auditoria e revisões periódicas de segurança, assegurando rastreabilidade e responsabilidade no uso das informações.

Na segunda-feira (1º), a prefeitura de Ribeirão Preto retirou o projeto de lei complementar nº 47/2025, que trata da permuta, da pauta de votações da Câmara de Vereadores. A suspensão é temporária. Diz que a decisão foi tomada em respeito à transparência do processo e à necessidade de assegurar que todas as informações técnicas estejam completas antes da apreciação legislativa. 

“Assim que o CreciSP SP finalizar as avaliações pendentes, o projeto será reapresentado com total clareza, embasamento técnico e segurança jurídica, reforçando o compromisso da prefeitura com a responsabilidade administrativa, a transparência e o diálogo institucional”, diz.

O projeto de lei propõe a permuta de terreno da municipalidade, localizado na Zona Sul – em área de aproximadamente 41 mil metros quadrados na avenida Braz Olaia Acosta –, e o prédio que abriga o Colégio Marista, na rua Bernardino de Campos nº 550, no Centro.

A proposta tem recebido críticas de vereadores, entidades da sociedade civil organizada e moradores, que apontam possível subavaliação do terreno público envolvido na troca.

Se tudo der certo, a nova sede da prefeitura de Ribeirão Preto atenderá no prédio pertencente ao Colégio Marista a partir de julho de 2027. 

De acordo com o projeto de lei, a área pública institucional localizada na avenida Braz Olaia Acosta, com quase 41 mil m², foi avaliada pela Comissão de Avaliação Técnica de Imóveis (Cati) em aproximadamente R$ 39,6 milhões.

O setor é vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação.

Já o prédio do Colégio Marista, avaliado em pouco mais de R$ 57,2 milhões, também passará por análise do CreciSP. Segundo a prefeitura, a permuta “permitirá a instalação centralizada da sede administrativa do governo municipal sem qualquer custo para os cofres públicos, assegurando ainda um ganho patrimonial líquido superior a R$ 17,5 milhões”, diz.

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