Itens da ceia de Natal têm diferenças de mais de 130% em Ribeirão Preto, aponta pesquisa do Procon-SP
Com a finalidade de realizar um comparativo de preços de produtos típicos do Natal, Fundação Procon de São Paulo pesquisou os valores de alimentos que fazem parte dos hábitos de compras dos consumidores brasileiros neste período.
Os resultados foram diferenças muito elevadas nos valores praticados entre os produtos em estabelecimentos comerciais de uma mesma cidade, alcançando até 169%. Realizado entre 4 e 10 de dezembro, a equipe do Procon-SP levantou preços em 82 supermercados de doze municípios, incluindo a capital, de variados produtos, como: azeites, bombons, carnes, conservas, farofas prontas, frutas em calda, panetones e chocotones.
Em Ribeirão Preto foram visitados oito estabelecimentos. Em Ribeirão Preto a maior diferença de preço encontrada foi de 133,78% no valor do quilo da azeitona verde com caroço a granel – em um local o produto foi encontrado por R$ 69,90 e, em outro, por R$ 29,90, uma diferença em valor absoluto de R$ 40,00.
O valor médio é de R$ 48,26 o quilo. Entre as carnes congeladas, a maior diferença é de 43,53% no item pernil desossado temperado, ou R$ 13,92 entre o maior preço (R$ 45,90) e o menor (R$ 31,98), com média de R$ 37,29. A farofa pronta tradicional pacote de 400g tem um hiato de 132,87%, diferença de R$ 5,70 entre o maior (R$ 9,99) e o menor valor (R$ 4,29), média de R$ 7,96. Entre as frutas em caldas, a maior diferença constatada foi de 51,85% no item figo em calda inteiro e sem pele (lata de 450g), de R$ 9,80 entre o maior preço (R$ 28,70) e o menor (R$ 18,90), média de R$ 24,39.
Entre os panetones e chocotones, o hiato chega a 78,53% no produto com gotas de chocolate e recheio de creme de pistache de 500g. São R$ 21,95 entre o maior (R$ 49,90) e o menor preço (R$ 27,95), com média de R$ 34,36
Entre os azeites, a diferença chega a 62,65%, de R$ 16,91 entre o maior preço (R$ 43,90) e o menor (R$ 26,99), com valor médio de R$ 35,97. Entre os bombons, a discrepância é de 42,82% no de 250 gramas, ou R$ 5,99 entre o maior (R$ 19,98) e o menor preço (R$ 13,99), com média de R$ 17,12.
O levantamento tem como principal objetivo retratar o comportamento dos preços no comércio varejista, evidenciando a necessidade de pesquisar antes da compra. Através destes dados, os consumidores terão parâmetros para comparação de preços, seja qual for o local de compra escolhido.
Pela pesquisa, o Procon-SP constatou que os produtos podem ter variações consideráveis de preço de um estabelecimento para outro. A maior diferença encontrada no estado foi em Bauru, onde o quilo de azeitonas verdes com caroço a granel, custava R$ 69,90 em um local e R$ 25,90 em outro, uma diferença de 169,88%, R$ 44,00 em valor absoluto.

Comparação anual – Após comparação de 99 produtos comuns entre as pesquisas realizadas na capital neste ano e no ano passado, constatou-se, em média, alta de 0,97% no preço desses itens. Os produtos que variaram positivamente foram: carnes (7,41%), frutas em calda (7,22%), farofas prontas (1,33%), conservas (8,52%), bombons (18,20%) e panetones / chocotones (7,56%). O aumento só não foi maior em função, principalmente, dos itens azeite e lentilhas secas, que registraram queda de 26,85% e 6,19%, respectivamente.
O ndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCAdo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do período analisado apresentou variação de 4,46%.
Dicas ao consumidor – O Procon-SP orienta que o consumidor faça uma comparação entre os preços praticados por diferentes estabelecimentos e também considere a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido.
Recomenda-se planejar com antecedência o cardápio da ceia que será servida, listando os alimentos, bebidas e ingredientes para o preparo, pois isso ajuda a evitar compras desnecessárias e por impulso. Na hora da compra, é importante ler as embalagens e rótulos dos produtos, observando características, condições de conservação, informações nutricionais, informações sobre alergênicos, além da data de validade.
As promoções divulgadas pelos estabelecimentos comerciais devem ser cumpridas, por isso é aconselhável guardar os folhetos e anúncios publicitários que comprovem as ofertas. O consumidor deve ficar atento porque foi observado no levantamento que alguns fabricantes reduziram a gramatura de seus produtos, principalmente os panetones e chocotones. Nestes casos, pela legislação, os produtos têm que ter esta informação em suas embalagens, com destaque, por no mínimo seis meses.

