Tribuna Ribeirão
Polícia

Polícia conclui inquérito e investiga Elizabete em novo caso

Polícia Civil concluiu que idosa tentou matar amiga e investiga a morte de outra mulher que também pode ter sido envenenada

Elizabete pode ser acusada por envenenamento e tentativa pela quarta vez em inquérito que apura morte de sua amiga (Foto: Alfredo Risk)

Por: Adalberto Luque

O delegado Fernando Bravo, da Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) informou, na manhã desta quarta-feira (17), que está concluindo o inquérito que apura a tentativa de homicídio onde Elizabete Eugênio Arrabaça, de 68 anos, era investigada.

Segundo Bravo, o inquérito deve ser encaminhado para o Ministério Público de São Paulo. A Polícia Civil concluiu que Elizabete teria cometido a tentativa de homicídio qualificado de uma amiga, Neusa Ghioto, ocorrido em 2017, na cidade de Pontal, região metropolitana. Na ocasião, Neusa ficou internada por cinco dias no Hospital das Clínicas – Unidade de Emergência (HC-UE), dois dos quais na UTI.

O delegado explicou que todas as testemunhas foram ouvidas e a suspeita prestou depoimento. Ele disse que vai relatar e encaminhar o inquérito para a Justiça. Se o MP oferecer denúncia e o Tribunal de Justiça de São Paulo acatar, a mulher pode ser submetida a um terceiro julgamento – já é ré pelo feminicídio sofrido por sua nora, Larissa Talle Leôncio Rodrigues, de 37 anos e pela morte da própria filha, Nathalia Garnica, de 42 anos.

O defensor da idosa, Bruno Corrêa Ribeiro, destacou que no interrogatório houve informações conflitantes entre a suposta vítima da tentativa de homicídio e sua cliente. Ele cita que Elizabete afirmou, em depoimento, que deu um antigripal à amiga Neusa e que ela já sofria de outras enfermidades.

Segundo Ribeiro, os sintomas relatados pela vítima em relação ao envenenamento são iguais a diversas outras enfermidades, inclusive envenenamento. “Entendo que o inquérito tem muita fragilidade e acredito que o MP pode pedir o arquivamento, mas isso cabe ao MP”, concluiu.

Novo inquérito

Durante entrevista coletiva, o delegado Fernando Bravo ressaltou que a idosa já está sendo investigada em um quarto inquérito. A idosa é investigada pelo homicídio de outra amiga sua, Elide Guidi, morta aos 80 anos, também com suspeita de envenenamento.

Elide morreu em 2016. Segundo Bravo, isso teria ocorrido após ela passar mal e uma das últimas pessoas vista a seu lado foi Elizabete. Para o delegado, Ela foi mais uma vítima da idosa.

O inquérito já foi instaurado, mas o delegado admite que não será possível fazer a exumação, por não haver mais indícios que concluam se houve ou não envenenamento. Mas Bravo se antecipou, informando que o Hospital das Clínicas teria coletado material biológico de Elida e já encaminhou para a Polícia Civil, que, por sua vez, encaminhou ao Instituto Médico Legal (IML) para análise.

O delegado Fernando Bravo concluiu inquérito por tentativa de homicídio e vai relatar Elizabete, que também é alvo de quarto inquérito na Delegacia de Homicídios (Foto: Alfredo Risk)

Os crimes atribuídos a Elizabete Arrabaça

Elizabete já é ré, ao lado do filho, o médico Luiz Antônio Garnica, pelo feminicídio de sua nora Larissa Talle Leôncio Rodrigues, de 37 anos, em Ribeirão Preto. A esposa de Garnica morreu em 22 de março e foi detectado que a causa foi envenenamento por “chumbinho”.

Ela e o filho devem ser submetidos a júri popular por feminicídio. Garnica também deve responder por fraude processual, por ter tentado alterar a cena do crime. O júri deve ocorrer no primeiro semestre de 2026, embora as defesas tenham dito que iriam recorrer.

A idosa também é ré pelo feminicídio de sua própria filha, Nathalia Garnica, morta aos 42 anos em 9 de fevereiro, em Pontal. O envenenamento só foi descoberto depois da morte de Larissa. O delegado pediu exumação do corpo de Nathália e foi confirmado o envenenamento.

O MP ofereceu denúncia e a Vara Criminal de Pontal entendeu que o caso seria de competência de Ribeirão Preto. O juiz de Ribeirão Preto, todavia, entendeu que a competência seria de Pontal e o TJSP é quem vai definir a comarca onde será realizado o júri popular.

A Polícia Civil considerou a idosa culpada pela tentativa de homicídio, também por envenenamento, de sua amiga Neusa Ghioto, ocorrido em Pontal, em 2017. Bravo vai relatar o caso à Justiça e, se MP oferecer denúncia aceita pelo TJSP, Elizabete seria ré pela terceira vez. Pode chegar à quarta vez se o TJSP também considerar levar a idosa a júri popular.

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