O orçamento do governo federal destinado à saúde pública no Brasil é vultoso. Essa verba, se bem administrada, quer dizer com competência e honestidade poderia proporcionar um nível de assistência à saúde pública dentro de um padrão no mínimo razoável. Os orçamentos estaduais e municipais seguem as leis federais que estabelecem um percentual mínimo a serem incorporados aos recursos federais completam o montante destinado a financiar a assistência médica tanto preventiva quanto curativa.
A preventiva compreende as vacinas destinadas a toda a população desde as gestantes, os recém-nascidos, as crianças menores e maiores, os adolescentes, os adultos e os idosos (acima de 60 anos). As campanhas visam orientar a população a atender os chamados para serem vacinados. Convém dizer e ressaltar aqui, que o Brasil apresenta inúmeras deficiências em muitos aspectos, mas no setor de vacinação sempre fomos muito eficientes e competentes. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) em todo o país possuem equipes capacitadas para vacinar a população não só durante as camp anhas, mas o ano inteiro conforme as necessidades da população.
Existe inclusive a Carteira de Vacinação disponível para qualquer pessoa e que deveria ser um documento tipo RG ou CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e que a pessoa devia portar junto com os seus documentos pessoais. Na Carteira Nacional de Vacinação estão registradas todas as vacinas que a pessoa tomou e se está em dia com as vacinas.
Infelizmente poucas pessoas no Brasil portam esse importante documento de grande importância não só para documentar as datas de todas as vacinas recebidas, como em caso de qualquer atendimento de urgência e ou de emergência. Existe também, infelizmente um conceito completamente equivocado de que “vacina é coisa de criança”. Não é verdade.
Vacinas são remédios preventivos e devem ser recomendadas para todas as pessoas conforme as idades. Assim, por exemplo, além das vacinas recomendadas para os bebezinhos antes de nascer, os recém-nascidos e daí até a terceira idade.
As pessoas com 60 anos ou mais devem receber as seguintes vacinas, que são oito ao todo: vacina contra a gripe, pneumocócica, tríplice bacteriana, hepatite B, febre amarela, herpes zoster, meningocócica e tríplice viral. Como se vê, um idoso com a sua carteira de vacinação em dia está muito bem protegido e certamente não será acometido por muitas doenças, algumas potencialmente graves.
Quanto às grávidas, crianças e adolescentes o Ministério da Saúde disponibiliza o Calendário Nacional de Vacinação com todas as vacinas que devem ser administradas conforme a idade e constitui um esquema protetor contra muitas doenças próprias da idade. Felizmente as mães brasileiras sempre têm sido muito cuidadosas com suas crianças e as campanhas de vacinação infantil quase sempre têm sido um sucesso.
Já os adultos infelizmente não têm comparecido para as vacinas como recomendado e eles muitas vezes nem sabem da existência da Carteira Nacional de Vacinação. E aí infelizmente o governo tem falhado na comunicação social visando conscientizar essa população para os cuidados preventivos com a sua saúde.
E como sempre formatamos nosso material científico e educativo com perguntas e respostas para melhor facilitar o entendimento dos nossos leitores. E hoje, vamos responder a algumas perguntas formuladas pelos nossos leitores.
01. Tomei a primeira dose da vacina contra a covid e foi a coronavac, mas não fui tomar a segunda dose na data certa. Posso tomar a segunda dose de outra vacina?
Não. Se você perdeu a data da segunda dose, que no caso da Coronavac é de três semanas, você deve aguardar uma nova convocação para agendamento dos que perderam a segunda dose.
E se, por ventura já ultrapassou esse prazo, você deve entrar em contato com a Secretaria Municipal da Saúde para receber orientações ou então entrar em contato com a UBS mais próxima da sua residência onde você será informado de como deve proceder. Uma coisa é certa: você precisa receber a segunda dose para ficar protegido contra essa doença tão grave. Não perca a segunda dose de jeito nenhum.
02. Não tomei nenhuma dose da vacina porque fiquei com medo. Que que eu faço?
Não tenha medo. A vacina é muito segura. (Continua na próxima semana)