O questionamento da viabilidade da energia nuclear com os processos, equipamentos e sistemas de segurança conhecidos no momento, está quase exclusivamente voltado a dois itens: o econômico e o ambiental, inclusive em função aos acidentes ocorridos em algumas usinas, resultando sérios problemas, sejam os econômicos ou os ambientais, principalmente estes últimos.
Acontece, no entanto, que outros questionamentos devem ser tornados públicos, tão importantes quanto ambos os citados acima pois, envolvem a economia, a demanda energética e as fontes alternativas com conservação energética, consequentemente melhoria da qualidade de vida no planetinha, com certeza uma solução ambiental dirigida, também ao ser humano, pois é comum serem encontrados hoje, “ecologistas da moda” com preocupação de se promoverem e/ou massagear o ego, esquecendo, nos seus discursos, o ser humano, ou quando muito o colocando em posição distante das conclusões. Tais pessoas, grupos ou instituições, quase sempre amarradas a radicalismos inconsequentes, mais causam problemas ao meio ambiente, do que o auxiliam, sempre em segundo plano, nada fazendo para melhorar realmente a condição ambiental, por meio de um trabalho de mudança de comportamentos.
Normalmente questionam os gases emitidos pelos escapamentos de veículos automotores, no entanto não deixam de lado seus automóveis a qualquer instante! Discutem barragens e hidrelétricas, no entanto, não se predispõe a reduzir o consumo de energia elétrica em seus locais de trabalho.
O país precisa crescer e muito mais que isto, se sustentar, fazer com que seu povo sobreviva. Tal comportamento, quase sempre é promovido exclusivamente pelo Estado, de forma paternalista herdada dos patrimônios de nossa colonização e, frequentemente o Estado erra, seja, por incompetência ou por motivos outros, escusos e de malversação dos dinheiros públicos; infelizmente não é aconselhável ao Estado do refrão “quem faz erra”.
Com relação à energia nuclear e suas conseqüências em nosso país, pode-se apenas, em uma primeira instância, ser colocado que os primórdios de sua utilização para fins de geração de eletricidade se deram em um período hermético à opinião pública e os pesquisadores, técnicos e cientistas da área energética, seja clássica ou alternativa. Ninguém foi convidado a se manifestar a respeito pelos militares de plantão. Daí surgiu a usina nuclear “pisca-pisca” “Angra 1”…
Outros dois aspectos que devem ser tocados são a ênfase com que o “governículo” que aí está pretende com o gasto de cerca de 17 a 24 bilhões Reais para a conclusão de Angra 3! Faço então a seguinte pergunta: e o desenvolvimento técnico e científico das atuais fontes limpas de energia?
Mais uma vez peço a você leitor(a) que tenha a palavra a respeito de tão importante assunto…