Tribuna Ribeirão
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A técnica, a economia e a ecologia (3)

O questionamento da viabilidade da energia nuclear com os processos, equipamentos e sistemas de segurança conhe­cidos no momento, está quase exclusivamente voltado a dois itens: o econômico e o ambiental, inclusive em função aos acidentes ocorridos em algumas usinas, resultando sérios problemas, sejam os econômicos ou os ambientais, principal­mente estes últimos.

Acontece, no entanto, que outros questionamentos devem ser tornados públicos, tão importantes quanto ambos os citados acima pois, envolvem a economia, a demanda ener­gética e as fontes alternativas com conservação energética, consequentemente melhoria da qualidade de vida no plane­tinha, com certeza uma solução ambiental dirigida, também ao ser humano, pois é comum serem encontrados hoje, “ecologistas da moda” com preocupação de se promoverem e/ou massagear o ego, esquecendo, nos seus discursos, o ser humano, ou quando muito o colocando em posição distante das conclusões. Tais pessoas, grupos ou instituições, quase sempre amarradas a radicalismos inconsequentes, mais cau­sam problemas ao meio ambiente, do que o auxiliam, sempre em segundo plano, nada fazendo para melhorar realmente a condição ambiental, por meio de um trabalho de mudança de comportamentos.

Normalmente questionam os gases emitidos pelos escapa­mentos de veículos automotores, no entanto não deixam de lado seus automóveis a qualquer instante! Discutem barra­gens e hidrelétricas, no entanto, não se predispõe a reduzir o consumo de energia elétrica em seus locais de trabalho.

O país precisa crescer e muito mais que isto, se sustentar, fazer com que seu povo sobreviva. Tal comportamento, quase sempre é promovido exclusivamente pelo Estado, de forma paternalista herdada dos patrimônios de nossa colonização e, frequentemente o Estado erra, seja, por incompetência ou por motivos outros, escusos e de malversação dos dinheiros públicos; infelizmente não é aconselhável ao Estado do refrão “quem faz erra”.

Com relação à energia nuclear e suas conseqüências em nosso país, pode-se apenas, em uma primeira instância, ser colocado que os primórdios de sua utilização para fins de geração de eletricidade se deram em um período hermético à opinião pública e os pesquisadores, técnicos e cientistas da área energética, seja clás­sica ou alternativa. Ninguém foi convidado a se manifes­tar a respeito pelos militares de plantão. Daí surgiu a usina nuclear “pisca-pisca” “Angra 1”…

Outros dois aspectos que devem ser tocados são a ênfase com que o “gover­nículo” que aí está pretende com o gasto de cerca de 17 a 24 bilhões Reais para a conclusão de Angra 3! Faço então a seguinte pergunta: e o desenvolvimento técnico e científico das atuais fontes limpas de energia?

Mais uma vez peço a você leitor(a) que tenha a palavra a respeito de tão importante assunto…

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