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Ações rendem R$ 251 milhões

O Tribunal Regional do Tra­balho da 15ª Região (TRT-15), sediado em Campinas e com jurisdição em 599 municípios paulistas, terminou o ano pas­sado como a corte trabalhista que garantiu a maior soma de valores pagos aos trabalhadores que procuraram o Judiciário em busca de reparação por al­gum direito laboral violado. Os dados foram divulgados a pedi­do do Tribuna para publicação às vésperas do Dia Mundial do Trabalho (ou do Trabalhador).

Em 2022
De janeiro a dezembro, foram R$ 5,36 bilhões, qua­se 15% dos R$ 38,79 bilhões destinados pelos 24 TRTs, de acordo com dados do Tribunal Superior do Trabalho. Na se­gunda e na terceira colocação aparecem os TRTs da 2ª (SP) e 1ª (RJ) regiões, com R$ 5,25 bilhões e R$ 4,82 bilhões.

Ribeirão Preto
Em Ribeirão Preto, onde o Fórum Trabalhista conta com seis varas da Justiça do Traba­lho, foram recebidos 11.285 processos no ano passado e 11.357 foram solucionados – há casos do ano anterior –, resultando em um montante de R$ 251.010.088,25 de inde­nização a trabalhadores.

O valor está 18,9% acima dos R$ 211.192.177,56 de 2021 – aporte de R$ 37.817.910,69 –, quando o Fórum Trabalhis­ta recebeu 9.822 processos e julgou 8.463. Em comparação com 2019, ano pré-pandemia de coronavírus, quando o va­lor atingiu R$ 148.619.135,13, a alta é de 68,7%, acréscimo de R$ 102.390.953,12.

Naquele ano, a Justiça do Trabalho de Ribeirão Preto recebeu 10.313 processos e solucionou 12.992. Em 2020, primeiro ano de pandemia, as ações trabalhistas geraram R$ 253.727.660,43. O valor do ano passado é 1,10% inferior, são R$ 2.717.572,18 a menos. De­ram entrada 8.849 processos e 7.285 foram julgados.

Resultados
No ano passado, a 1ª Vara da Justiça do Trabalho obteve o melhor resultado: foram so­lucionados 2.099 casos. A 5ª Vara resolveu 1.977 e a 6ª Vara, mais 1.972. Foram 1.833 na 3ª Vara Trabalhista, 1.796 na 4ª Vara e mais 1.680 na 2ª Vara do Fórum de Ribeirão Preto. A maioria dessas sentenças não é definitiva. Os empregadores recorreram das decisões em instâncias superiores.

“Esses números são frutos da atuação conjunta dos ato­res do sistema de Justiça que militam na nossa jurisdição. Membros da Advocacia, do Ministério Público, da Magis­tratura, servidores, além de trabalhadores e empregadores, todos imbuídos no desejo de promover a paz social e dispos­tos ao entendimento”, afirma o presidente do TRT-15, desem­bargador Samuel Hugo Lima.

Recorde
O magistrado destaca tam­bém o fato de os valores pa­gos em 2022 serem recordes na história do TRT-15, supe­rando os R$ 4,82 bilhões des­tinados aos trabalhadores em 2021. Dos R$ 5,36 bilhões, R$ 2,77 bilhões foram pagos por meio de acordos entre tra­balhadores e empregadores, após mediação das equipes do TRT-15.

Os pagamentos espontâ­neos, que ocorrem quando a parte condenada cumpre vo­luntariamente o que foi deci­dido por um juiz ou por um colegiado de magistrados, so­maram R$ 1,42 bilhão. Já os valores decorrentes de execu­ções trabalhistas, quando é im­posto o cumprimento do que foi acordado ou determinado pela Justiça, totalizaram R$ 1,17 bilhão.

Durante o ano passado, de cada 100 processos soluciona­dos pelas varas do trabalho do TRT-15, oito foram julgados totalmente procedentes. Em doze, todos os pedidos feitos por trabalhadores foram con­siderados improcedentes. Em 38, as demandas apresentadas foram julgadas procedentes em parte. Em 1%, os processos foram extintos.

Na maioria dos 228.689 casos solucionados com exa­me de mérito (41%) os confli­tos terminaram em acordos. “Os dados ajudam a descons­truir o falso estigma, muitas vezes associado à Justiça do Trabalho, de que se trata de um segmento do Judiciário com lado”, ressalta o desem­bargador Samuel Lima.

Em relação ao segmento econômico a que pertencem os trabalhadores que procu­raram as unidades do TRT- 15 durante o ano passado, a maioria trabalhava no setor de serviços diversos (22%). Na sequência apareceram profissionais da indústria (19%), administração pública (11%) e comércio (11%).

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Redação

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