Vista da sede da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), fundada em 1948
Vamos voltar algumas décadas atrás e fazer um exercício de imaginação. Pense em Ribeirão Preto com cerca de 90 mil habitantes, longe de ser o atual polo universitário em que se transformou, sem nenhuma faculdade. Estamos falando de 1948, quando as opções para a formação acadêmica profissional eram poucas. Umas delas era cursar engenharia, arquitetura ou agronomia. Acreditando no futuro e valorização dessas profissões, nascia em Ribeirão Preto, em 8 de abril daquele longínquo 1948, a Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP).
Setenta anos após, a entidade que teve como primeiro presidente Guilherme de Felippe, é referência em representatividade e protagonismo nas tomadas de decisões do município. No início, De Felippe e o grupo da primeira diretoria tinham como desafio defender o exercício da profissão, combater a atuação de leigos, “o sombreamento de atribuições, e intervir tecnicamente nas questões relativas ao desenvolvimento econômico e social da cidade”.
Como exemplo, a AEAARP atuou na elaboração do Código de Obras do Município, do Plano Diretor e suas revisões, em debates acerca da infraestrutura, planejamento e meio ambiente. A entidade é também, responsável pela instalação da primeira inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura em Ribeirão Preto, nos anos de 1970.
“Os desafios de hoje são diferentes daqueles experimentados nas décadas anteriores, até mesmo da última década”, fala o atual presidente, engenheiro Carlos Alencastre. Ribeirão Preto cresceu e se tornou sede de Região Metropolitana, que envolve 34 cidades e uma população estimada em 1,67 milhão de habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os pouco mais de 90 mil habitantes do final da década de 1940 são hoje quase um milhão, se levarmos em consideração a população flutuante – de pessoas de cidades vizinhas que trabalham aqui, somadas às 682,3 mil da última revisão do IBGE, de agosto do ano passado. Mas o compromisso de defender seus profissionais e de atuar em benefício do crescimento do munícipio continuam com o espírito dos primeiros fundadores.
“Desta forma, mostramos para a sociedade a importância das profissões que representamos”, afirma Alencastre. “As histórias de todos os que trabalharam e ainda trabalham pela entidade são inspiradoras para as novas gerações, e os jovens profissionais têm o frescor, a inquietude e a energia que a sociedade precisa para seguir em frente”, fala o presidente.
Legado – Nos últimos meses, o Projeto Legado vem sendo desenvolvido pela AEAARP com a realização de eventos sociais e técnicos, objetivando o estreitamento das relações entre os profissionais e possibilidade de atualizações nas áreas técnicas, além de traçar as necessidades do mercado e do papel da entidade de classe.
Fazendo um levantamento histórico, a AEAARP traz em seus 70 anos de existência a participação em temas importantes. Nos últimos anos, por exemplo, destaca-se pela atuação em temas como a internacionalização do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, sistema de trânsito e transporte, destinação dos resíduos domésticos e da construção civil, sustentabilidade, infraestrutura e abastecimento de água no município.
Hoje a Associação possui sede própria, com cerca de três mil metros quadrados de área construída, oferecendo área social, espaços para reuniões, eventos corporativos e técnicos, com estacionamento privativo, adequada às normas de segurança e acessibilidade.
Tapyr Sandroni Jorge, Carlos Alencastre e Fernando Junqueira
Diretores com a primeira maquete da sede da AEAARP
Diretores da AEAARP reunidos
Diretoria durante evento comemorativo na sede da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP)
Fotos: Divulgação