Tribuna Ribeirão
Economia

Agosto registra deflação de 0,14%

Alimentos ficaram mais baratos em Agosto, como a batata-inglesa, cebola, tomate e carnes

 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 – prévia da inflação oficial no país – recuou 0,14% em agosto, 0,47 ponto percentual abaixo da alta de 0,33% em julho, após taxas de 0,26% em junho, 0,36% em maio, 0,43% em abril, 0,64% em março, de 1,23% em fevereiro e 0,11% em janeiro, informou nesta terça-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
No mesmo período de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,19. Em 2023, a inflação foi de 0,28%. O resultado é o menor desde setembro de 2022 (queda de 0,37%) e a primeira deflação (inflação negativa) desde julho de 2023, quando a baixa foi de 0,07%. Considerando apenas os meses de agosto, é taxa mais baixa desde 2022, quando encolheu 0,73%. 
 
Com o resultado, acumula aumento de 3,26% em oito meses, ante 3,40% até julho. Era de 3,02% no mesmo período do ano passado. A taxa em doze meses está em 4,95% – a mais baixa desde janeiro deste ano, de 4,50% –, contra 5,30% até mo mês anterior, de acordo com o IBGE. De setembro de 2023 a agosto do ano passado estava em 4,35%. 
 
Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de elevação de 0,21% em julho para aumento de 0,64% em agosto, contribuição de 0,09 ponto percentual para o IPCA-15. Houve pressão dos aumentos nos itens de higiene pessoal, com alta de 1,07% e impacto de 0,04 p.p., e do plano de saúde, com elevação de 0,51% e contribuição de 0,02 p.p..  
 
O aumento no plano de saúde reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “Para os planos contratados após a lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da lei nº 9.656/98, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano”, lembra o IBGE.  
 
Os gastos com Despesas pessoais passaram de elevação de 0,25% em julho para aumento de 1,09% em agosto, contribuição de 0,11 ponto percentual. O resultado foi impulsionado pelo reajuste nos jogos de azar vigente desde 9 de julho. Aumentaram 11,45% em agosto, item de maior pressão sobre o IPCA-15 do mês, 0,05 ponto percentual. 
 
Os gastos das famílias brasileiras com Educação passaram de estabilidade (0,00%) em julho para aumento de 0,78% em agosto, contribuição de 0,05 ponto percentual. Houve pressão dos aumentos nos cursos regulares, que avançaram 0,80%, puxados pelos subitens ensino superior (1,24%) e ensino fundamental (0,68%).  
 
Os cursos diversos tiveram alta de 0,93% em agosto, influenciados pelos cursos de idiomas (1,85%). A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou julho em alta de 0,26%. A taxa acumulada em doze meses fcou em 5,23%. A inflação acumulada no ano é de 3,26%.  
 
Habitação – Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de elevação de 0,98% em julho para recuo de 1,13% em agosto, contribuição de -0,17 ponto percentual para o IPCA-15 deste mês. A energia elétrica residencial caiu 4,93%, item de maior impacto individual negativo sobre o índice (-0,20 p.p.), após alta de 3,01% em julho (0,12 p.p.). 
 
O resultado é consequência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas deste mês, explica o IBGE. Em agosto, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 à conta de luz a cada 100 quilowatts-hora (Kwh) consumidos.  
 
Alimentação O gasto das famílias brasileiras com Alimentação e bebidas recuou em agosto pelo terceiro mês consecutivo, ao sair de redução de 0,06% em julho para recuo de 0,53%. Esse resultado gerou contribuição de -0,12 ponto percentual para a taxa do IPCA-15. A alimentação no domicílio diminuiu 1,02% em agosto, ante queda de 0,40% em julho.  
 
Ficaram mais baratos a manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,71%, contra alta de 0,84% em julho. A refeição fora de casa subiu 0,40% (contra 0,65%), e o lanche avançou 1,44% (contra 0,32% do mês anterior). 
 
Transportes – O grupo Transportes apresentou deflação de -0,47% na prévia de agosto, o que representa impacto de -0,10 p.p. no IPCA-15. O resultado foi impulsionado pelas quedas nas passagens aéreas (-2,59%), automóvel novo (-1,32%) e na gasolina (-1,14%).  
 
A gasolina é o subitem da cesta de consumo do brasileiro com maior peso, e a queda em agosto representou impacto de -0,06 p.p. O conjunto de combustíveis recuou -1,18% em média, com deflação dos preços do óleo diesel (-0,20%), gás veicular (-0,25%) e etanol (-1,98%). 
 
Grupos Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, quatro apresentam deflação na prévia de agosto. Destaque para Habitação, com queda de 1,13% e contribuição de -0,17 ponto percentual. O segundo grupo que mais ajudou a segurar a inflação foi o de Alimentos e bebidas, com recuou de 0,53% e impacto de -0,12 p.p..  
 
O grupo Transportes apresentou deflação de -0,47% na prévia de agosto, o que representa impacto de -0,10 p.p. no IPCA-15. Comunicação caiu 0,17%, impacto de -0,01 p.p. Os demais cinco grupos tiveram variações e impactos positivo ou nulo.  
 
Despesas pessoais (alta de 1,09% e impacto de 0,11 p.p.), Educação (0,78% e 0,05 p.p.), Saúde e cuidados pessoais (aumento de 0,64% e contribuição de 0,09 p.p.), Vestuário (0,17% e 0,01 p.p.) e Artigos de residência (0,03%, sem impacto) completam a lista

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