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Altas temperaturas podem provocar ou agravar doenças de pele 

Alerta é da médica especialista em dermatologia Flávia Villela que já trabalhou no Hospital das Clínicas e hoje atende com foco em beleza da pele baseada em saúde, rotina de tratamentos e produtos adequados (Alfredo Risk)

Adriana Dorazi – especial para o Tribuna Ribeirão

A frente fria que chegou na quarta-feira (27) amenizou as temperaturas, trouxe chuva para a região de Ribeirão Preto e aliviou dias sofridos com temperaturas acima de 40 graus. Mas a previsão do tempo não dá trégua: Primavera e Verão deverão ser muito mais quentes que o normal. O calor extremo pode causar diversos problemas de saúde, entre eles doenças de pele que não devem ser consideradas de menor importância por pessoas de todas as idades.

O alerta é da médica especialista em dermatologia Flávia Vilella. Desde a residência médica no Hospital das Clínicas até hoje do atendimento diário do consultório, ela cuida da saúde e beleza da pele, que é o maior órgão do corpo humano.  

A médica especialista em dermatologia, Flávia Villela atua no reconhecimento de patologias, busca simetrias e embelezamento – em especial da face – ajudando os pacientes a encontrarem uma melhora na qualidade de vida

A recomendação é de se proteger da exposição direta e prolongada ao sol sem proteção, seja com acessórios ou produtos.

A médica afirma que protetores solares, hidratantes, óleos ou até mesmo cosméticos capilares funcionam melhor se tiverem a prescrição. “Com a indicação médica cada produto será utilizado de forma mais assertiva, facilitando o uso de acordo com cada paciente e suas peculiaridades”, detalha.

Flávia recomenda fugir de produtos oleosos e cremes nessas épocas mais quentes do ano. “Prefira produtos em sérum, gel ou loção que serão facilmente absorvidos pela pele diminuindo o desconforto”, explica. E nem sempre o produto mais caro é o melhor.  

“Atualmente temos filtro solar com valores acessíveis e de excelente qualidade. Além das roupas de proteção UV que são encontradas com facilidade. Devemos ainda usar chapéu e boné, por exemplo, para auxiliar na proteção”, completa.

Uma alergia de pele não tratada de forma correta pode evoluir para doenças mais graves não apenas na superfície da pele uma vez que todo organismo está interligado. O sol em excesso, nos horários mais quentes do dia e nos meses de calor, quando há maior incidência de raios nocivos, é muito prejudicial.  

Todos devem estar alertas, principalmente quem tem como antecedente pessoal e familiar de câncer de pele. “Mesmo no calor o recomendado são blusas e calças de tecidos leves, mas que tenham manga e sejam compridos. Até luvas para os motoqueiros. As pessoas mais afetadas são os trabalhadores da construção civil e entregadores, que ficam expostas diretamente ao sol por muito tempo”, ensina a médica.
O ideal segundo a especialista é optar por filtro solar com fator acima de 50 e reaplicar, dependendo da recomendação do fabricante ou a cada duas horas. Queimaduras de pele, aparecimento de pintas e manchas podem se agravar para lesões cutâneas que, sem diagnóstico e tratamento precoce, se tornam malignas.

“Devemos recorrer a proteção física, usar chapéu e boné, por exemplo, para auxiliar na proteção”, recomenda a médica

Coceira e ressecamento
Mesmo que o calor extremo provoque muita transpiração, tomar mais banhos, ir para a praia o piscina, utilizar bucha vegetal no banho ou outros comportamentos podem gerar ainda o ressecamento da pele que também é provocada pela baixa umidade do ar. Quando a pele perde a barreira protetora natural de umidade, pode se tornar vulnerável, desencadear reações alérgicas e inflamatórias.

Flávia Villela explica que a coceira, muitas vezes, surge como uma resposta à pele ressecada. “O ato de coçar pode proporcionar alívio temporário, mas também pode danificar ainda mais a barreira cutânea, piorando a secura e agravando o ciclo de coceira e ressecamento”. Segundo ela hidratantes sem perfume, com fórmulas leves e componentes reparadores, geralmente encontrados em farmácia, são as melhores opções.

Pessoas que têm a pele sensível, doenças como o diabetes e a rosácea – condição que afeta principalmente a região central da face e causa vermelhidão – os cuidados e a atenção devem ser redobrados já que esses fatores, por si só, promovem a sequidão do órgão.

Para interromper esse ciclo de pele ressecada e coceira, bem como tratar alergias cutâneas, a especialista recomenda uma série de medidas preventivas e cuidados diários e reforça a importância de procurar o profissional da área para indicar o melhor tratamento para a sua pele. “Fazer uma hidratação adequada é essencial para manter a pele saudável. Mas é fundamental perguntar ao seu dermatologista quais tipos de produtos são indicados para você”, reforça ela.

Ela recomenda evitar produtos irritantes como sabonetes perfumados, cosméticos que contenham corantes e produtos químicos agressivos que podem agravar a irritação da pele. Opte por produtos suaves e hipoalergênicos. Uma dica de ouro é aplicar o hidratante imediatamente após o banho para selar a umidade no corpo.

Dicas de Especialista:
Ingestão de água: Manter-se bem hidratado de dentro para fora é extremamente importante. Beber água ajuda a manter a pele hidratada e saudável. 

– Tratamentos tópicos: Em casos de alergias cutâneas, cremes ou pomadas com corticosteroides de baixa potência pode ser prescritos por um dermatologista para reduzir a inflamação e a coceira. Mas atenção: é necessário ter indicação médica. 

– Medicamentos antialérgicos: Em situações mais graves, como urticária ou eczema, o uso de medicamentos antialérgicos sob orientação médica pode ajudar a aliviar os sintomas. 

– Consulte um especialista: Se a coceira, a irritação, queimadura persistirem, é aconselhável consultar um dermatologista ou alergologista para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. 

Com a adoção de cuidados preventivos, hidratação constante e atenção à saúde da pele, é possível enfrentar os desafios do tempo quente com uma pele saudável e livre de desconfortos.

 

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