Tribuna Ribeirão
Justiça

Atos golpistas – STF julgará mais 250 investigados

O Supremo Tribunal Fede­ral (STF) vai julgar na próxima semana denúncias contra mais 250 envolvidos nos atos golpis­tas de 8 de janeiro. Será o tercei­ro grupo de investigados, totali­zando 550 das 1.390 denúncias apresentadas pela Procurado­ria-Geral da República (PGR).

O julgamento virtual será iniciado no dia 3 de maio. Na modalidade virtual, os minis­tros depositam os votos no sistema eletrônico e não há de­liberação presencial. Se a maio­ria dos ministros aceitar as de­núncias, os acusados passarão a responder a uma ação penal e se tornam réus no processo.

Eles deverão responder pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democráti­co de direito, golpe de estado, dano qualificado e incitação ao crime. Na ocasião, as sedes do Congresso Nacional, do Supre­mo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram inva­didas por vândalos.

Eram apoiadores do ex­-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os ministros Dias Tof­foli e Alexandre de Moraes – relator dos inquéritos sobre a ofensiva antidemocrática – já votaram para que o STF rece­ba outras 200 acusações.

Trio
Foram oferecidas pela Pro­curadoria-Geral da República contra incitadores e executores da depredação das dependên­cias dos Três Poderes. O placar está dois a zero. Três suspeitos desta nova lista são da macror­região de Ribeirão Preto.

Uma é a advogada Nara Faustino de Menezes, de 43 anos, moradora de Ribeirão Preto, além de Adriana Sal­vador Plácido, de 54 anos, de Franca, e o suplente de vereador em Nuporanga, Henrique Fer­nandes de Oliveira, o Sargento Fernandes (MDB), de 51 anos.

Na primeira lista estão dois moradores da região: a médica veterinária e social media de Guariba, Ana Carolina Isique Guardiéri Brendolan, de 31 anos, e o corretor de imóveis de Ribeirão Preto, Barquet Miguel Júnior, de 53 anos. Ambos já são réus. Os mani­festantes deixaram um rastro de destruição em Brasília.

Os dois responderão por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O mérito das acusa­ções será debatido em um se­gundo momento, quando na prática poderão ser impostas condenações.

Nesta nova leva de denún­cias, 100 autores do vandalismo registrado nas sedes do Con­gresso, Supremo e Planalto são acusados de crimes de associa­ção criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Já aos 100 incitadores dos radicais, são imputados os deli­tos de incitação ao crime e asso­ciação criminosa. As denúncias oferecidas pela PGR são analisa­das pelos ministros no Plenário virtual do Supremo, em sessão que tem previsão de terminar no próximo dia 2 de maio.

Presos
Conforme levantamento do gabinete do ministro Ale­xandre de Moraes, do STF, das 1.390 pessoas detidas no dia dos ataques, 294 suspeitos – 86 mulheres e 208 homens – permanecem presos no sis­tema penitenciário do Distri­to Federal. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações. Ao todo, 2.151 pessoas foram presas.

Região
Nove moradores da ma­crorregião de Ribeirão Preto já foram beneficiados com decisões de Moraes, entre eles sete de Franca e um de Nupo­ranga, o Sargento Fernandes, que agora pode ser denuncia­do na segunda fase de votação das denúncias.

Marcos Joel Augusto, o Mar­cão Bola de Fogo, de 53 anos, morador de Pitangueiras, que em 2020 concorreu ao cargo de vereador pelo Cidadania e não foi eleito, foi liberado e está com tornozeleira eletrônica, segundo a lista da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF).

Outros quatro ainda estão detidos no Distrito Federal. Dois são de Ribeirão Preto, o corretor de imóveis e agora réu Barquet Miguel Júnior e a advo­gada Nara Faustino de Mene­zes, que está na mesma situação do Sargento Fernandes.

Também segue detida a médica veterinária e social media de Guariba, Ana Caro­lina Isique Guardiéri Brendo­lan, outra que virou ré pelos atos de 8 de janeiro. Um mo­rador de Franca, o empresá­rio Douglas Ramos de Souza (42), segue detido. A também francana Shara Silvano Silva (24) já foi libertada com uso de tornozeleira eletrônica.

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