Tribuna Ribeirão
Economia

Barretos tem o gás mais caro de SP

ALFREDO RISK

Levantamento semanal da Agência Nacional do Petró­leo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 9 e 15 de maio, aponta que o gás de cozinha vendido em Barre­tos, na macrorregião de Ri­beirão Preto, é o mais caro do estado de São Paulo.

Na terra do peão de boia­deiro, o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo (GLP-13) custa, em média, R$ 94,50 (mínimo de R$ 94 e má­ximo de R$ 95), valor 30,5% acima do produto vendido em Araçatuba, que sai por R$ 72,42 (piso de R$ 68 e teto de R$ 80), o mais barato do esta­do – são R$ 22,08 de diferença.

Em Ribeirão Preto, o pre­ço do gás de cozinha fechou a semana passada em R$ 84,19 (mínimo de R$ 75 e máximo de R$ 98), mas há locais onde custa mais de R$ 100 com a taxa de entrega. Em outros sai por R$ 95 para compra na porta de casa.

O valor do botijão do úl­timo sábado (15) é R$ 2,28 inferior aos R$ 86,47 do perí­odo anterior (piso de R$ 80 e teto de R$ 95), queda de 2,6% em relação ao preço do dia 8. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem, em média, 3.300 unidades por dia para os comerciantes.

O gás de Ribeirão Preto tam­bém está 10,9% mais barato que o de Barretos. São R$ 10,31 de diferença. Em comparação com o de Araçatuba, o mais em conta do estado, custa R$ 11,77 a mais, variação de 16,2%. O último re­ajuste do produto ocorreu em 2 de abril, quando a Petrobras anunciou aumento de 5%, o quarto do ano

O quilo do GLP-13 pro­duzido nas refinarias da Pe­trobras ficou, em média, R$ 0,15 mais caro e passou a ser vendido a R$ 3,21. O botijão de 13 quilos (GLP-13) subiu para a R$ 41,68. Segundo a empre­sa, a alta no preço do gás de co­zinha reflete as movimenta­ções da cotação internacional do petróleo, utilizada como insumo na produção do GLP, além do câmbio.

Em 2021, o número de re­ajuste e os percentuais de alta têm sido menores do que os praticados no comércio de gasolina e óleo diesel. Em nota, a empresa afirma que “os valores praticados nas re­finarias pela Petrobras são di­ferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo”.

“Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para envase pe­las distribuidoras, além dos cus­tos e margens das companhias distribuidoras e dos revende­dores.” Neste ano, o gás de co­zinha já acumula alta de 22,1% nas refinarias da Petrobras.

Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aqui­sição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distri­buidoras, no caso da gasolina e do diesel. Também considera os custos e margens das com­panhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis.

A estatal destaca ainda que 43% do preço ao consumidor final correspondem atualmen­te à parcela da Petrobras e os demais 57% traduzem as par­celas adicionadas ao longo da cadeia até clientes finais como tributos e margens brutas de distribuição e revenda.

Os preços são livres e va­riam nos postos de venda aos consumidores. As distribui­doras são as responsáveis pelo envase em diferentes tipos de botijão e, junto com as reven­das, respondem pelos preços ao consumidor final. Para de­finir o valor, os estabelecimen­tos consideram os gastos com mão de obra, logística, tributa­ção e margem de lucro.

De acordo com o Índice Geral de Preços ao Consumi­dor (IPCA), em 2020 o preço do gás de cozinha subiu 8,3% no Brasil, enquanto o gás en­canado caiu 1,09% e o gás vei­cular recuou 1,29%. O preço médio da revenda do botijão, ainda segundo a ANP, saiu de R$ 69, em março do ano passado, para R$ 75 em no­vembro. Há cinco anos, era revendido a R$ 47,43.

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