Por: Adalberto Luque
A Polícia Civil requisitou mais 30 dias de prazo da prisão temporária do médico Luiz Antônio Garnica, de 38 anos e de sua mãe, Elizabete Eugênio Arrabaça Garnica, de 67 anos. Os dois são investigados pela morte por envenenamento da professora de pilates Larissa Talle Leôncio Rodrigues, de 37 anos, ocorrida em 22 de março.
O delegado Fernando Bravo, da Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), responsável pela investigação, optou por prorrogar por mais 30 dias a prisão temporária, que venceria no dia 5 de junho.
O promotor Marcus Túlio Nicolino, do Ministério Público de São Paulo (MPSP) adiantou que se manifestou favorável à prorrogação da prisão de mãe e filho. Segundo Nicolino, é o último prazo para prisão temporária, contudo ele argumenta que já tem a materialidade (o exame que comprova o envenenamento por “chumbinho) e indícios de autoria, o que seriam suficientes para mudar de prisão temporária para preventiva, sem prazo para terminar.

O juiz deve se manifestar se acata ou não o pedido até o dia 5 de junho. A defesa de Elizabete pediu para mudar de prisão temporária para domiciliar, mas a Justiça de Ribeirão Preto negou por entender que a investigada não cumpre requisitos para a mudança. Agora é aguardada a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito.
Namorado de Nathalia
Na manhã desta segunda-feira (2), a Polícia Civil ouviu o namorado de Nathalia Garnica. Paulo Henrique Ferlin foi ouvido na Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC). A Polícia Civil investiga para saber se Nathalia, filha de Elizabete e irmã do ortopedista Garnica, também teria sido envenenada.
Nathalia morreu em 2 de fevereiro de enfarto. Ela não tinha históricos de problemas cardíacos, o que levantou a suspeita. O depoimento durou cerca de uma hora e meia. A reportagem apurou que o namorado teria dito que, à época da morte de Nathalia, o casal estava retomando o relacionamento, rompido um tempo antes.
Ele teria dito que Elizabete dormiu na casa da filha na véspera de sua morte. O corpo de Nathalia foi exumado, a pedido do delegado Fernando Bravo, no dia 23 de maio. Está sepultado no Cemitério de Pontal, no mesmo túmulo onde está o corpo de Larissa. Durante a exumação, peritos colheram tecidos do corpo e enviaram para análise. O resultado leva cerca de 60 dias.
Entenda o caso
Larissa foi encontrada morta em seu apartamento, no Jardim Botânico, zona Sul de Ribeirão Preto, na manhã de 22 de março. Seu marido, o médico ortopedista Luiz Garnica, foi quem encontrou o corpo caído no banheiro.

No primeiro boletim de ocorrência do caso, ele disse ter chegado e encontrado a mulher desfalecida. Depois colocou-a na cama, acionou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas ela já estava morta e não reagiu aos estímulos.
O exame necroscópico foi inconclusivo em relação à causa da morte, mas exame toxicológico apontou que a professora foi envenenada por “chumbinho”. Depois de ouvir várias testemunhas, o delegado do caso, Fernando Bravo, pediu a prisão preventiva do médico e de sua mãe, Elizabete Eugênio Arrabaça Garnica, de 67 anos, por considerar ambos suspeitos de envenenar Larissa.
Bravo também pediu a exumação do corpo de Nathalia Garnica, irmã e filha dos suspeitos presos, por desconfiar que ela possa ter morrido envenenada, pois teve enfarte e tinha, a exemplo da cunhada Larissa, boa saúde. Ambas estão na mesma sepultura. A exumação foi feita no Cemitério de Pontal em 23 de maio. A conclusão dos exames pode levar até 60 dias.
Os advogados de defesa negam a culpa de seus clientes e ambos teriam ingressado com pedidos de habeas corpus, que foram negados. Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil é que o crime possa ter ocorrido por conta de uma eventual partilha de bens em caso de divórcio da vítima.
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