Tribunal de Justiça concedeu liberdade provisória ao eletricista Felippe Miranda, de 31 anos, acusado de jogar o corpo do empresário Nelson Carreira no Rio Grande
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou na última quinta-feira, 17 de julho, sete suspeitos de participação no assassinato do empresário paulistano Nelson Francisco Carreira Filho, de 43 anos, em Cravinhos, no dia 16 de maio deste ano.
A denúncia partiu do promotor de Cravinhos, Paulo Augusto Radunz Junior. Ele pede a condenação dos denunciados, o confisco do veículo usado para desovar o corpo de Nelson Carreira no Rio Grande, em Miguelópolis, e a fixação de indenização de R$ 500 mil em favor da esposa e filha da vítima.
Marlon Couto Paula Júnior, de 26 anos, pode responder por homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, assim como por ocultação de cadáver, fraude processual e falsidade ideológica. O empresário de Cravinhos confessou ter assassinado Nelson Carreira após discussão envolvendo desavenças comerciais. Porém, alega legítima defesa.

Tadeu Almeida Silva, de 42 anos, diretor-executivo nas empresas de Marlon Couto, foi denunciado por participação direta no assassinato, ocultação de cadáver e fraude processual. Entre os crimes imputados aos demais envolvidos estão os de ocultação de cadáver, fraude processual, favorecimento pessoal e falsidade ideológica.
Ainda na quinta-feira, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) concedeu liberdade provisória ao eletricista Felippe Miranda, de 31 anos, investigado por suposta participação na ocultação do corpo de Nelson Carreira. A decisão cautelar revogou a prisão preventiva decretada contra o investigado em junho deste ano.
Miranda estava detido desde o dia 5 de junho e confessou à Polícia Civil ser o responsável por transportar o corpo da vítima até o Rio Grande, em Miguelópolis, onde o cadáver teria sido jogado. Ele chegou a participar das buscas pelo corpo de Nelson Carreira, que ainda não foi localizado.
Residente em Uberlândia (MG), Miranda teria se deslocado diversas vezes a Ribeirão Preto antes do desaparecimento, sendo descrito pela Polícia Civil como uma espécie de “faz-tudo” de Marlon Couto. De acordo com os autos, a análise pericial nos dispositivos eletrônicos de Miranda revelou pesquisas sobre a cidade de Miguelópolis, além da eliminação de mensagens trocadas nos meses que antecederam o desaparecimento.
Em seu interrogatório, no entanto, o investigado negou qualquer envolvimento direto no homicídio. Declarou que só teria descoberto a natureza do crime ao chegar ao destino e que não sabia que transportava um cadáver. O delegado responsável pelo caso, Heitor Moreira Assis, indiciou Felippe Miranda pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual. Agora ele foi denunciado.
As buscas no Rio Grande duraram vários dias, mas os restos mortais de Nelson Carreira não foram localizados e resgatados. O delegado indiciou Marlon Couto por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e falsidade ideológica. Está foragido e a Polícia Civil suspeita que ele esteja fora do Brasil.
O nome dele já consta no Banco Nacional de Procurados. Tadeu Almeida presenciou o homicídio, ajudou a embrulhar o corpo em uma lona e levou o carro da vítima para São Paulo, abandonando-o em uma rua na Zona Norte da capital.
A esposa de Marlon Couto, Marcela Silva de Almeida, foi apontada por ter acompanhado o marido até a casa da vítima para prestar solidariedade à família de Nelson Carreira. Foi indiciada por fraude processual. O irmão de Marlon Couto, Murilo Couto Paula, foi indiciado por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Os pais do principal suspeito, Marlon Couto e Lilian Paula, vão responder por favorecimento pessoal, Carlos Eduardo da Silva Cunha, funcionário da empresa do principal suspeito, foi indiciado por falso testemunho, mas o MP não confirmou se foi denunciado.
Os pais foram indiciados porque, quando foram decretadas as prisões temporárias de Marlon Couto, Tadeu Almeida e Marcela Siva, eles foram até a porta do condomínio às 13h30. Marcela saiu correndo, entrou no carro dos sogros e sumiu por uma semana, até se entregar com a carta de confissão do marido.
O caso foi remetido ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), que deve oferecer denúncia à Justiça de Cravinhos. Se o pedido for acatado, todos serão considerados réus. Marcela Silva obteve habeas corpus e está em liberdade.
A defesa de Marcela Silva diz que ela não sabia de nada e é inocente. Carlos Eduardo Silva da Cunha nem sabia que havia sido indiciado. Marlon Couto alega legítima defesa. As defesas dos pais e do irmão dele não se manifestaram.
A Polícia Civil de Cravinhos ampliou o escopo das investigações e agora apura também o possível envolvimento do irmão de Marlon Couto. Câmeras de segurança flagraram-no dirigindo o carro do atirador na Rodovia Anhanguera (SP-330) no dia 16 de maio, data em que Nelson Carreira desapareceu.
Segundo os investigadores, ele teria pago R$ 1,5 mil por um serviço de dedetização na empresa do irmão. A suspeita é de que a ação tenha servido para esvaziar o prédio e criar condições para uma emboscada. Segundo o delegado Heitor Moreira Assis, Murilo Paula se identificou como Marlon Couto ao assinar o documento do serviço e realizou o pagamento pessoalmente.
Embora a dedetização tenha ocorrido à noite, os funcionários foram dispensados durante todo o dia. O delegado não descarta pedir a prisão de Murilo Paula. A defesa nega sua participação no crime. Nelson Carreira saiu da cidade de São Paulo para uma reunião de negócios em Cravinhos e não foi mais visto.
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