Por: Adalberto Luque
O advogado Nathan Castelo Branco, responsável pela defesa de Marlon Couto Paula Júnior, 26 anos e de sua esposa Marcela Silva de Almeida informou que não sabe onde o casal está escondido, nem se estão juntos no mesmo local. Nesta segunda-feira (2), Castelo Branco adiantou que a casa de Marlon, num condomínio em Cravinhos, região metropolitana de Ribeirão Preto, quase foi invadida.
O casal e Tadeu Almeida Silva, 42 anos, são investigados pelo homicídio de Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos. O corpo do empresário paulistano ainda não foi encontrado.
O defensor explicou que isso ocorreu no dia 29 de maio e que Marlon e Marcela não estavam na casa. Quatro homens encapuzados teriam sido filmados pelo circuito interno de segurança da casa, em um condomínio de luxo. As imagens teriam sido entregues para o delegado de Cravinhos, responsável pelas investigações.
Castelo Branco não soube informar, todavia, como os quatro teriam entrado no condomínio. Ele disse que seu cliente está temendo por sua segurança e, por essa razão, vai se apresentar à Polícia somente quando se sentir seguro.
Quanto à carta, apresentada por ele ao delegado, onde Marlon admite ter matado Nelson, Castelo Branco justifica o que ocorreu. De acordo com o advogado, na carta Marlon relata que teria criado o produto. Nelson, aproveitando que Marlon foi negligente, registrou a marca e passou a ter sua propriedade.

Nelson teria ameaçado proibir Marlon de vender o produto se não recebesse valores mensais para isso. Em 16 de maio, quando Nelson desapareceu, ele estaria em uma reunião com Marlon e, de acordo com a carta, houve um desentendimento e o paulistano, que era alto e pesado, teria investido contra Marlon.
Este, por sua vez, conseguiu apanhar uma arma e disparou um único tiro, suficiente para matar Nelson. Castelo Branco também destaca que Marlon inocenta sua mulher, afirmando que Marcela não sabia da morte de Nelson, apenas que iriam a São Paulo para confortar a família do empresário que estaria desaparecido.
Quando ao material usado para embalar o corpo de Nelson, Castelo Branco relatou que a empresa estaria em obras e não houve premeditação e que Marlon teria jogado o corpo sozinho no Rio Grande, em Miguelópolis.

Uma testemunha, todavia, teria dito que viu dois homens no rancho de Marlon. Chegaram de noite de 16 de maio, passaram a madrugada no local e, no dia 17 pela manhã, pegaram o jet sky e fizeram duas viagens rápidas, que pode ter sido para desovar o corpo de Nelson.
Castelo Branco disse que na carta Marlon garante ter feito isso sozinho. “Não sei dizer se houve ajuda”, acrescentou.
Buscas
Na tarde da sexta-feira (30 de maio) e durante todo o sábado (31), bombeiros de Franca fizeram buscas no Rio Grande, nas imediações do rancho de Marlon. Como não há uma informação exata do local onde o corpo possa ter sido jogado, as buscas foram suspensas.
Nesta segunda (1º) pela manhã e início da tarde, não havia movimentação. Castelo Branco, todavia, disse que já informou o local aproximado onde Marlon teria jogado o corpo de Nelson. Não há informações se as buscas serão retomadas imediatamente.
Entenda o caso
Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos, atua na venda online de suplementos alimentares. Segundo sua família, ele vinha semanalmente a Cravinhos para reuniões de negócios com Marlon Couto.
Em 16 de maio, o empresário paulistano foi a Cravinhos para nova reunião. Desde então não foi mais visto. Ele costumava almoçar com Couto após as reuniões, mas o empresário de Cravinhos disse que Nelson recebeu uma ligação da esposa lembrando sobre um compromisso logo mais à noite e o homem saiu apressado.

Seu carro foi visto em duas praças de pedágio da região, em São Simão e Santa Rita do Passa Quatro, respectivamente às 15h14 e 15h28. Depois câmeras de segurança na avenida Engenheiro Caetano Álvares, no bairro do Limão, também registraram sua passagem por volta das 19h00, quando o condutor teria cometido uma infração de trânsito.
O carro do empresário paulistano foi abandonado em uma rua na zona Norte, próximo de onde ele morava. Estava com os vidros traseiros abertos, sem sinal de arrombamento ou violência.

Câmeras de segurança também registraram um homem magro, com roupas pretas, usando um boné, que foi reconhecido pela família de Nelson. Seria de um clube de motociclistas que o empresário participava.
O então advogado de Tadeu Silva, Renato Savério, disse que seu cliente confirmou ter sido ele quem levou o carro da vítima para a Capital e que usava o boné de Nelson.

A polícia acredita que Marlon tenha, por algum motivo a ser esclarecido, atirado em Nelson na sede da empresa, em Cravinhos. A hipótese mais provável é que ele usava a marca Bariatric Golden em produtos que comercializava. A marca pertence a Nelson, que exigia pagamentos mensais entre R$ 90 e 100 mil para não tirar o site de vendas do ar. Tadeu ouviu o disparo e viu o corpo caído.
Marlon teria ordenado que ele embalasse o corpo, que foi jogado no Rio Grande, próximo a Miguelópolis. O corpo foi, na opinião da polícia, jogado no Rio Grande, mas ainda não foi encontrado. As investigações prosseguem.
No dia 29 de maio, Tadeu trocou de defensor. Saiu o advogado Renato Savério e foi nomeado o advogado Joaquim Romão Neto. No mesmo dia, ele se apresentou e foi levado para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo.
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