Por: Adalberto Luque
A Polícia Civil acredita que Marlon Couto Paula Júnior, 26 anos, recebeu ajuda para jogar o corpo de Nelson Francisco Carreira Filho, 44 anos, no Rio Grande, após matá-lo em Cravinhos. Nelson tinha 1,93 m de altura e pesava cerca de 120 quilos.
Em carta onde confessa o homicídio, Marlon diz que deu ordens para que Tadeu enrolasse o corpo do empresário paulistano em uma lona e amarrasse com cordas, que estariam na indústria por conta de reformas. Depois disse ter colocado o corpo em uma caminhonete pequena e seguido para Miguelópolis, onde tem uma chácara às margens do Rio Grande.
Na carta, Marlon diz que jogou o corpo no rio sozinho, voltando em seguida para Cravinhos, onde trocou de carro e viajou para São Paulo, para consolar a família de Nelson. O depoimento de uma testemunha reforçou a tese da Polícia Civil, de que Marlon precisaria de ajuda para desovar o corpo de Nelson (ainda não localizado).

A testemunha disse que o carro de Marlon chegou no final da noite e havia pelo menos duas pessoas, que passaram a noite na chácara e, só na manhã de 17 de março é que, usando o jet sky, jogaram o corpo no rio.
Rebite
Familiares de Nelson também revelaram que ele teria sido convidado por Marlon para comercializarem Nobésio. Popularmente conhecida por rebite, a droga tem comercialização e consumo proibidos, mas é muito popular entre caminhoneiros que querem dirigir por horas, sem sentir sono.
Entenda o caso
Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos, atua na venda online de suplementos alimentares. Segundo sua família, ele vinha semanalmente a Cravinhos para reuniões de negócios com Marlon Couto.
Em 16 de maio, o empresário paulistano foi a Cravinhos para nova reunião. Desde então não foi mais visto. Ele costumava almoçar com Couto após as reuniões, mas o empresário de Cravinhos disse que Nelson recebeu uma ligação da esposa lembrando sobre um compromisso logo mais à noite e o homem saiu apressado.
Seu carro foi visto em duas praças de pedágio da região, em São Simão e Santa Rita do Passa Quatro, respectivamente às 15h14 e 15h28. Depois câmeras de segurança na avenida Engenheiro Caetano Álvares, no bairro do Limão, também registraram sua passagem por volta das 19h00, quando o condutor teria cometido uma infração de trânsito.
O carro do empresário paulistano foi abandonado em uma rua na zona Norte, próximo de onde ele morava. Estava com os vidros traseiros abertos, sem sinal de arrombamento ou violência.
Câmeras de segurança também registraram um homem magro, com roupas pretas, usando um boné, que foi reconhecido pela família de Nelson. Seria de um clube de motociclistas que o empresário participava.

O então advogado de Tadeu Silva, Renato Savério, disse que seu cliente confirmou ter sido ele quem levou o carro da vítima para a Capital e que usava o boné de Nelson.
A polícia acredita que Marlon tenha, por algum motivo a ser esclarecido, atirado em Nelson na sede da empresa, em Cravinhos. A hipótese mais provável é que ele usava a marca Bariatric Golden em produtos que comercializava. A marca pertence a Nelson, que exigia pagamentos mensais entre R$ 90 e 100 mil para não tirar o site de vendas do ar. Tadeu ouviu o disparo e viu o corpo caído.
Marlon teria ordenado que ele embalasse o corpo, que foi jogado no Rio Grande, próximo a Miguelópolis. O corpo teria sido jogado no Rio Grande, mas ainda não foi encontrado. As investigações prosseguem.
No dia 29 de maio, Tadeu trocou de defensor. Saiu o advogado Renato Savério e foi nomeado o advogado Joaquim Romão Neto. No mesmo dia, ele se apresentou e foi levado para a Cadeia de Santa Rosa de Viterbo. Marlon e sua esposa, Marcela, seguem foragidos.
_____
Jornal Tribuna Ribeirão
Um Jornal com a cara de Ribeirão!
Impresso | WEB | Redes sociais
Tribuna Ribeirão – Fone: (16) 3632-2200 – Whatsapp: (16) 98161-8743
Av. Barão do Bananal, 880 – Jardim Anhanguera, Ribeirão Preto
@tribunaribeirao
@meiaderibeirao
@dinoderibeirao
#TribunaRibeirão
#News
#Notícia
#RibeirãoPreto #NotíciasDeRibeirãoPreto
#ClassificadosTribunaRibeirão
#Jornalismo
#ClassificadosRibeirão