No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história considerando o número de casos registrados. A cidade fechou 2024 com 44.634 vítimas (dados revisados) do mosquito Aedes aegypti – transmissor da doença, das febres chikungunya e amarela na área urbana e de zika –, maior volume da história da cidade.
Supera em 27,37% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 9.591 a mais, além de 65.487 ainda sob investigação. Também já soma 32.332 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 262,82%, segundo o Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde. A prefeitura de Ribeirão Preto já intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti
Em 2025, até esta quarta-feira, 23 de abril, já são 13.814 casos confirmados – além de 25.351 sob investigação –, contra 25.800 do mesmo período do ano passado, 11.986 a menos e queda de 44,46%. Em uma semana, mais 1.384 pacientes procuraram atendimento na cidade, contra 1.738, 655, 1.637, 1.668 e 1.452 dos intervalos anteriores.
Duas pessoas morreram em março do ano passado, quando a cidade registrou 9.090 ocorrências sem vítimas fatais, contra 4.325 do terceiro mês de 2025 e um óbito. São 4.765 a menos, queda de 52,42%. Também caiu 20,82% em relação aos 5.462 casos de fevereiro, 1.137 a menos. Há 457 casos em abril. Em janeiro, 3.570 pessoas pegaram dengue e duas morreram em Ribeirão Preto.
Já são seis mortes em 2025, quatro em janeiro, outra em fevereiro e uma em março, a mais recente de um menino de seis anos. As demais vítimas são três idosos acima de 60 anos – duas senhoras e um senhor – e duas mulheres adultas na faixa de 20 a 39 anos.
Segundo o Painel de Arboviroses, ainda há quatro óbitos em investigação, de uma mulher adulta de 40 a 59 anos, uma senhora acima de 60 e outros dois homens de 60 anos ou mais, três de março e um de abril. Ribeirão Preto registrou 26 mortes em decorrência de dengue no ano passado – 14 mulheres e doze homens.
Foram 26 mortes em 2024. A cidade superou em 189% o número de óbitos do período anterior. São 17 a mais que os nove de 2023. Desde 2013 já são 75 óbitos por dengue no município. São seis de 2013 e cinco de 2015. Em 2014 não houve mortes na cidade. Em 2022, a cidade teve um óbito. Em 2021, não houve casos fatais. Em 2020, ocorreram onze mortes, mas um caso era importado de São Simão, na região metropolitana.
Regiões – Em 2025, dos 13.814 casos de dengue confirmados em Ribeirão Preto, 5.252 têm entre 20 e 39 aos, 3.754 pacientes têm entre 40 e 59 anos, 1.922 têm mais de 60 anos, 1.727 são do grupo de 10 a 19 anos, 701 são crianças de 5 a 9 anos, 373 têm entre 1 e 4 anos e 85 vítimas tem menos de 1 anos. Neste ano, são 4.140 na Zona Leste, 3.269 na Oeste, 2.915 na Sul, 1.886 na Central e 1.562 na Norte, além de 42 sem identificação.
Ribeirão Preto fechou 2023 com 12.302 casos de, 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. Em pouco mais de 16 anos, a cidade já registrou 219.313 casos de dengue. Foram contabilizadas 316 ocorrências de febre chikungunya em 2024, treze importadas. Uma pessoa morreu. No ano anterior, foram 121, sendo 107 autóctones. São 129 em 2025, quatro importados.