Em maio, o Abrasmercado, índice do Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) que mede o preço de uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados – alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica –, subiu 1,52% em maio, em relação a abril, quando fechou em alta de 0,92%.
A cesta Abrasmercado chegou ao valor de R$ 653,42, contra R$ 643,67 de abril, acréscimo de R$ 9,75. As maiores altas em maio foram constatadas nos preços do tomate, (7,12%), biscoito cream cracker (3,58%), carne – corte dianteiro (3,20) e traseiro (3,07%) – e a farinha de trigo (3,02%).
Entre as principais baixas aparecem a cebola (11,47%), arroz (1,92%), xampu (1,20%), batata (0,86%), feijão (0,83%) e queijo muçarela (0,83%). Destaque para o tomate que, apesar da alta no mês, acumula uma queda de preços de 15,24% no ano. Batata com acumulado de quase 30% de queda de janeiro a maio. E para a cebola a tendência é de mais redução de preços nos próximos meses.
Em maio, as cinco regiões do país tiveram alta nos preços da cesta Abrasmercado. A maior oscilação foi no Sul (2,10%), onde passou de R$ 694,99 para R$ 709,59. O Nordeste vem em segundo lugar (2,01%). Lá, subiu de R$ 569,78 para R$ 581,26.
Nas capitais e principais regiões pesquisadas, a cesta só baixou de preço em João Pessoa (PB, 0,75%), passando de R$ 557,80 para R$ 553,62. A maior elevação no custo da cesta foi em Natal (RN, 6,51%), saindo de R$ 565,81 para R$ 602,65. Em Fortaleza (CE), a alta foi de 2,25%.
Perspectivas e vendas
O segundo semestre do ano reserva expectativas otimistas para o setor. Há fatores a justificar essa aposta. Entre eles a segunda parcela do 13º aos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a prorrogação do auxílio emergencial até outubro e o segundo de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física – são mais R$ 6 bilhões pagos aos contribuintes só via IR.
De janeiro a maio deste ano, o setor de supermercados acumula alta real nas vendas de 5,32%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado também é positivo, de 2,88%. Em comparação com abril deste ano a alta chega a 1,98%.