Tribuna Ribeirão
Artigos

Cidade do Aço 

Sérgio Roxo da Fonseca *
[email protected]

Taís Roxo da Fonseca **
[email protected]

A Segunda Grande Guerra, apresentou-se com vários panoramas, um deles expandiu-se no território italiano e tem como  litigantes de um lado tropas fascistas, com claro apoio de forças alemãs, contra as quais lutaram com sucesso as tropas brasileiras e norte-americanas.  Já estávamos em 1945.

O governo brasileiro recebeu como marca da vitória das suas tropas uma histórica indenização. Como marca de seu trabalho consubstanciado com o pagamento  necessário para a instituição de uma indústria de ferro e aço que se instalou em Barra Mansa, Estado do Rio de Janeiro.

É escusado dizer que a população barramansense inutilmente se rebelou contra essa decisão mesmo porque em seu território já existia, como existe até hoje, a empresa então registrada como Barbará, responsável pela produção de cano de ferro sem costura.

O snorte-americanos assumiram a responsabilidade de construir a nova empresa brasileira, que recebeu o nome de Volta Redonda, como pagamento do esforço bélico nacional.

Foi então construída uma zona urbana com o perfil de cidade norte- americana, Suas ruas não tinham nome, mas, sim, números. Basta ver que a principal rua é conhecida até hoje como Rua 33. Ficou proibido instalar cercas nos casas residenciais com nítidas fisionomias norte-americanas.

As casas dos bairros eram de muitos tamanhos, ocupadas por trabalhadores de várias capacidades, Um dos bairros mais modestos recebera o nome de Jardim Paraíba, localizado nas margens do famoso rio.

Desenvolvendo, quase imediatamente a grande indústria de ferro e aço, outras empresas nasceram ao seu lado como a Estanífera. Na época o Brasil tornou-se o terceiro país a ter uma fábrica de estanho no mundo, depois dos Estados Unidos e da Rússia.

A seguir a White Martins e uma enorme fábrica de cimento.

No território de Barra Mansa sugiram outras grandes indústrias. Uma delas, a Dupont especializou-se na fabricação de dinamites. É ela dotada de um extraordinário sistema de defesa contra “acidentes do trabalho”, tanto que converteu-se em exemplo para o regime brasileiro, inclusive para empreendimentos diversos, como para os novos hospitais, também edificados com aparatos notáveis de defesas contra acidentes “com ou sem lesão”.

A Dupont introduziu uma regra contra acidentes grandes ou pequenos. Devem ser estudados e investigados  quer deles sucedam ou não, lesões físicas ou psicológicas.

Merece registro que oqual1quer veiculo para receber combustível deve estar submetido a um sistema contra incêndio, o que não se vê nem mesmo em nossos postos de gasolina.Não podemos nos esquecer que um pequeno avião, em Ribeirão Preto, há alguns anos passados, incendiou-se porque quando recebia combustível antes de ter sido preparado para tanto.

A Volta Redonda e as empresas que acercam, ainda quando não mantenham o rosto de seu nascimento, apresentam um marco da vitória das tropas brasileiras na Segunda Grande Guerra…

* Advogado, professor livre docente aposentado da Unesp, doutor, procurador de Justiça aposentado, e membro da Academia Ribeirãopretana de Letras

** Advogada  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Postagens relacionadas

Como é bom ser criança!

Redação 1

Pelo reconhecimento além das palmas

Redação 1

Os pecados dos governantes

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com