Por Hugo Luque
Uma tarde que começou com festa pelo retorno de Pedro Severino ao Estádio Santa Cruz/Arena Nicnet terminou com uma dura derrota do Botafogo para o Athletico-PR por 3 a 1, neste sábado (6), pela 25ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
Mesmo com um a mais em campo na reta final, o Pantera, que empatava no momento em que passou a ter vantagem numérica, se perdeu e levou mais dois gols antes do apito final.
Com o resultado, o Tricolor estacionou nos 28 pontos, na 16ª posição, e viu a zona de rebaixamento voltar a se aproximar. No momento, são dois pontos de distância para a degola, que é inaugurada pelo Volta Redonda. Porém, se o América-MG superar o Operário neste domingo, o conjunto ribeirão-pretano estará de volta ao Z-4 por conta do número de vitórias.
Na próxima rodada, o Bota encara o Athletic-MG, no dia 14, às 18h30, no Estádio Joaquim Portugal.
O jogo
A ensolarada tarde de Ribeirão Preto começou feliz. O responsável pelo pontapé inicial simbólico foi Pedro Severino, atacante do Botafogo emprestado ao Red Bull Bragantino e que teve de lutar contra a morte após um acidente automobilístico em março.
A torcida também compareceu, com ajuda de uma promoção com ingresso extra para os sócios-torcedores. Foram 3.862 pessoas nas arquibancadas do Santão.
Em campo, porém, a equipe de Allan Aal voltou a oscilar, sobretudo nas finalizações, e sofreu com as chances desperdiçadas, diferente do primeiro turno, quando o time, então comandado por Márcio Zanardi, aplicou uma goleada por 4 a 1 no Furacão em plena Arena da Baixada.
Aos 12 minutos, Viveros sofreu pênalti cometido por Carlos Eduardo. O próprio atacante cobrou e marcou. Victor Souza evitou que a vantagem paranaense fosse maior com uma bela defesa aos 32. Já na reta final, foi a vez de Mendoza. O Athletico fez um primeiro tempo melhor.
Na volta do intervalo, Aal decidiu colocar Gabriel Barros, reforço da última janela de transferências, em campo. A busca por um time ainda mais agudo não deu resultado logo de cara. Aos 18 minutos, o outro ponta da equipe, Jefferson Nem, sofreu pênalti, convertido por Marquinho – terceiro gol de pênalti em três partidas para o meia, que desta vez optou por batida cruzada.
O Botafogo cresceu no confronto e a situação melhorou aos 37 minutos, quando o zagueiro Terán foi expulso por cometer falta em Jefferson Nem. Ele era o último homem antes do goleiro e interrompeu o ataque na entrada da área. Jean Victor cobrou a falta perigosa e desperdiçou.
Para tristeza da torcida tricolor, o Pantera não soube aproveitar a vantagem. Não apenas falhou na hora de criar e concluir chances, mas também cedeu espaços na retaguarda. Em um contra-ataque puxado aos 45 minutos, Luiz Fernando concluiu e desempatou para o Athletico.
Marquinho ainda chegou a empatar no lance seguinte, mas a arbitragem anulou por impedimento de Carlos Eduardo, que tentou alcançar a bola antes de ela entrar. Foram quase dez minutos de paralisação para análise do VAR, mas o ímpeto mandante continuou e obrigou Benavídez a impedir o empate em cima da linha.
Quem não fez, levou, por fim. Dudu avançou sem apoio pela direita, limpou três marcadores da jogada e encheu o pé para decretar a vitória rubro-negra, aos 59 minutos.

