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Economia

Comércio prevê alta de 1,5% nas vendas 

Com Dia das Mães, Agrishow e rodeio, comércio de Ribeirão Preto espera alta de 1,5% nas vendas de maio  (Alfredo Risk)

Projeção do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV) aponta para crescimento médio de 1,5% nas vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto, em maio de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado quando foi registrada queda de -3,5% em relação a 2023.

O pequeno otimismo se deve principalmente a três fatores: a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), que nessa edição recebeu 197 mil visitantes ante 195 mil em 2024; Ribeirão Rodeo Music (RRM), que, além do público da feira também atraiu milhares de pessoas da macrorregião; e o Dia das Mães, segunda data mais importante do calendário varejista.

O CPV é mantido por Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP). “Passada a Agrishow, que pegou os dois primeiros dias de maio, agora devemos ter um pico de vendas até domingo (11), Dia das Mães”, explica Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.

“Depois disso, a tendência é de forte acomodação até o fim do mês”, emenda o pesquisador. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) projeta aumento de 1,9% nas vendas do Dia das Mães de 2025, gerando movimentação de R$ 14,37 bilhões na economia brasileira.

O CPV projeta crescimento médio de 1% a 3% nas vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto em abril de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado quando foi registrada queda de -2% em relação a 2023. Os dados do mês passado devem ser divulgados na segunda quinzena.

As vendas do comércio varejista de Ribeirão Preto tiveram aumento médio de 1% em março, com viés de estabilidade, na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrada alta de 1,5% em relação a 2023. Apesar do crescimento tímido, foi a segunda alta seguida, após elevação de 1,5% em fevereiro.

Havia recuado 2% em janeiro e fechou 2024 com ganho de 4% em dezembro, interrompendo uma sequência de duas quedas seguidas, de 1% em novembro e 3,5% em outubro. O setor fechou o ano passado com crescimento de 6,54%, ante alta de apenas 0,72% em 2023 e ganho de 5,01% em 2022.

Intenção de compra – Com base em dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e SPC Brasil/Offerwise, o CPV projeta que 81% dos consumidores ribeirão-pretanos pretendem ir às compras para o Dia das Mães, índice um pouco acima da média nacional estimada em 78%.

O tíquete médio do presente deve variar de R$ 200 a R$ 300. Ainda segundo o levantamento, 69% dos consumidores têm a percepção de que os preços dos produtos estão mais caros nesse ano. 39% esperam gastar mais, 37% o mesmo valor e 16% menos que no ano passado.

Preços e mais procurados – A pesquisa CNC revelou que a cesta típica de consumo para o Dia das Mães apresenta alta média de 5,8%, nesse ano, frente aos 2,5% registrados em 2024. Produtos como joias (+33,7%), chocolates (+21,5%) e perfumes (+9,8%) lideram o aumento médio de preços.

Além desses já citados, também devem ser campeões de procura: roupas, calçados, acessórios, flores, artigos de decoração, eletrônicos e eletrodomésticos. A data também deve trazer movimentação importante no setor de restaurantes e bares.

Locais de compra – De acordo com CNDL/SPC Brasil/Offerwise, 80% dos consumidores farão suas compras de Dia das Mães em lojas físicas. 45% pretendem adquirir pelo menos um presente pela internet, desses 73% pretendem comprar em aplicativos, 69% em sites e 28% via Instagram.

Cenário macroeconômico – Diego Galli Alberto destaca que o atual cenário macroeconômico é o fator negativo para as vendas de maio. “O consumidor vem perdendo poder de compra e muitos estão optando por direcionar o orçamento para pagar contas”, diz.

“Notícias como a alta da inflação e da taxa de juros, e sobre os elevados índices de inadimplência e de endividamento das famílias, continuam gerando incerteza e insegurança. Importante deixar claro que essa estimativa de maio tem grande viés de estabilidade podendo até mesmo registrar uma variação negativa dependendo do nível de cautela por parte do consumidor”, finaliza.


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