Tribuna Ribeirão
Ciência e Tecnologia

Conectar todo o País custaria R$ 200 bilhões

Por Claudia Tozetto

Para que a banda larga no Brasil, por meio de redes fixas ou móveis, alcance 90% da população brasileira, nível encontrado hoje em países como Canadá e Reino Unido, será necessário investir R$ 200 bilhões em infraestrutura nos próximos dez anos.

É o que diz estimativa divulgada ontem pela consultoria Boston Consulting Group (BCG), durante o Painel Telebrasil, evento realizado em Brasília pela Associação Brasileira das Telecomunicações (Telebrasil). Segundo o estudo, o Brasil hoje oferece conexão de internet a 59% dos brasileiros – inferior a países como Chile e Venezuela.

Não é uma questão apenas de expansão territorial, mas também de qualidade. Com um investimento dessa ordem, diz a consultoria, as empresas poderiam oferecer o serviço a velocidades próximas a 100 megabits por segundo (Mbps), hoje disponíveis só em grandes cidades. Além disso, seria possível aumentar o uso de conexões de fibra óptica e o volume de dados transmitidos por redes de banda larga móvel.

Segundo Marcos Aguiar, diretor do BCG para a América do Sul, o valor representaria um aumento de 38% nos investimentos das operadoras na próxima década, considerando a média dos valores investidos pelas teles nos últimos anos. Segundo a Telebrasil, as operadoras investem cerca de R$ 30 bilhões por ano, em média.

Desse valor, diz Aguiar, só metade de fato é aplicado em expansão de redes e melhoria de serviços – a outra metade serve para atender obrigações regulatórias e uso de tecnologia da informação. Para Aguiar, seria preciso investir mais R$ 5 bilhões por ano para o salto em banda larga ocorrer.

“A indústria investe R$ 30 bilhões ao ano, e 2017 é um ano de vacas magras”, disse José Félix, presidente da Claro Brasil, no evento. “Mais investimento do que a gente já faz é impossível.” Ele defende que o valor venha de fundos setoriais, como o Fundo para a Universalização das Telecomunicações (Fust), criado em 2000 pelo governo para financiar infraestrutura em áreas carentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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