Cem cidades paulistas já tiveram pelo menos uma vítima fatal do novo coronavírus, 15,5% dos 645 municípios do estado. Já são 1.134 mortes relacionadas à covid-19 em São Paulo, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira, 22 de abril.
Deste total de municípios, 45 possuem apenas uma morte (7%). Sete deles possuem mais que dez óbitos (1,08%) – São Paulo, Guarulhos, Osasco, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo e Sorocaba –, sendo a maior concentração está na capital, com 778 ou 68,6% dos óbitos.
Até ontem, o estado registrava também 15.914 casos confirmados da doença, distribuídos em 241 cidades, 37,3% dos 645 municípios paulistas. Em 76 delas houve somente uma pessoa infectada (11,8%). Balanços superiores a mais de 100 confirmações são verificados em apenas 15 municípios (2,3%), com prevalência na Região Metropolitana de São Paulo.
Os 230 casos de Ribeirão Preto ainda não foram totalmente contabilizados pela Secretaria Estadual da Saúde, por isso na lista aparecem apenas São Paulo, Osasco, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Santos, Santo André, Campinas, Barueri, São José dos Campos, Diadema, Taboão da Serra, Mogi das Cruzes, São Caetano do Sul, Mauá e Carapicuíba.
A taxa de letalidade no estado é de 7,1%. O governo divulgou, projeção de que o estado terá 3,2 mil mortes por coronavírus dentro de duas semanas, em 3 de maio, quando a doença deverá atingir seu pico. Há também 6.163 mil pacientes, suspeitos e confirmados, internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e enfermarias de hospitais de São Paulo, sendo respectivamente 2.453 (ou 39,8%) e 3.710 pessoas (60,2%).
A taxa de ocupação dos leitos para atendimentos de covid-19 em UTI no Estado de São Paulo está em 55,3%. Na Grande São Paulo a taxa está em 73,7%. Entre as vítimas fatais, estão 665 homens (58,64%) e 469 mulheres (41,36%). Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 78,3% das mortes.
Observando faixas etárias subdividas a cada dez anos, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (294 do total), seguida por 60-69 anos (256) e 80-89 (244). Também faleceram 94 pessoas com mais de 90 anos. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (132 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (67), 30 a 39 (36), 20 a 29 (8) e 10 a 19 (3).
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (61,4% dos óbitos), diabetes mellitus (42,6%), pneumopatia (14%), doença neurológica (11,7%) e doença renal (10,5%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e doença hepática. Esses fatores de risco foram identificados em 962 pessoas que faleceram por covid-19 (ou 84,8% do total).
Testes
A fila de testes de coronavírus que aguardam análise no estado de São Paulo foi zerada na terça-feira (21), segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que anunciou o cumprimento da meta dois dias antes do previsto. O resultado pode mudar o número oficial de mortos, caso seja positivo para covid-19.
De acordo com Covas, desde que a Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico de Covid-19 de São Paulo, coordenada pelo Instituto Butantan foi oficializada no dia 4 de abril, já foram feitos 35,6 mil testes em 38 laboratórios. A fila chegou a ser de 17 mil exames.
“Desses 17 mil, zeramos, ou seja, não existe mais 17 mil. E temos uma notícia melhor. Realizamos desde quinta-feira, dia 9, cerca de 24 mil exames. Realizamos os 17 mil e batemos na casa de 24 mil. No dia 9 tínhamos onze mil testes feitos, hoje temos 35,6 mil testes feitos”, afirmou Covas, ressaltando que, em média, chegam aos laboratórios 1.800 exames para análise.