Tribuna Ribeirão
Cultura

Cultura apresenta nova sede do MIS

FOTO: ALEXANDRE DE AZEVEDO/CCS

Na semana passada, o pre­feito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) visitou a nova sede do Museu da Imagem e do Som José da Silva Bueno (MIS), insta­lado no prédio histórico da Casa de Câmara e Cadeia, próximo ao Palácio do Rio Branco. O imóvel fica na rua Cerqueira César nº 371, no Centro de Ribeirão Pre­to, onde funcionava o Protocolo Geral, mas foi designado como sede do MIS, requalificado e re­cebeu o acervo do museu.

A secretária da Cultura, Isa­bella Pessotti, o diretor de Ativi­dades Culturais, José Venâncio Júnior, e o chefe de seção do MIS, Renato Caetano da Silva, guiaram a visita ao patrimônio tombado pelo Conselho de Pre­servação do Patrimônio Cultu­ral do Município (Conppac). Eles visitaram sala de exposi­ções, biblioteca de apoio, sala do educativo, sala de pesquisa, reservas técnicas e laboratório. O imóvel recebeu requalifi­cação com projeto acompa­nhado e aprovado pelo órgão.

Manteve suas características arquitetônicas e possibilitando adequações para garantir a aces­sibilidade ao público. “O acervo do Museu da Imagem e do Som de Ribeirão Preto estava há 15 anos salvaguardado na Casa da Cultura, no Mosteiro de São Bento, sem nenhuma utilidade do ponto de vista de exposição e, ao mesmo tempo, sofrendo com as intempéries. Agora, de casa própria, local definido e preparado para isso, para que a população de Ribeirão Preto nas próximas semanas, ou daqui a alguns meses, possa ter acesso a este acervo tão importante para a história da nossa cidade”, disse Duarte Nogueira.

O chefe do MIS explica que peças estão sendo separadas e higienizadas para a primeira exposição do museu na nova sede. “Esta exposição falará so­bre a história do cinema. As peças tridimensionais, como os projetores, as fotos e os pôste­res passarão por uma curadoria especializada para apresentação ao público. Uma das peças mais antigas do museu é um projetor datado de 1920”, complementa Renato Caetano.

O acervo do MIS está sen­do catalogado e higienizado pela equipe da Secretaria Mu­nicipal da Cultura e como o próprio prefeito diz, ainda não há data definida para inaugu­ração. Além da reserva técnica de peças que contam a história de Ribeirão Preto através da co­municação, o local promoverá exposições e atividades de edu­cação patrimonial para escolas e público em geral. “A ideia é que façamos um roteiro de visitação do patrimônio histórico e cul­tural de Ribeirão Preto”, explica José Venâncio.

“Temos neste grande qua­drilátero o MIS, o Marp (Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi), o Arquivo Público e Histórico, a Biblioteca Sinhá Junqueira, o Centro Cul­tural Palace e o Theatro Pedro II. Futuramente, o Palácio do Rio Branco também integrará este circuito. As escolas poderão visitar estes prédios e conhecer mais sobre a história da cidade, além também de aprender sobre as praças Carlos Gomes e XV de Novembro, patrimônios tomba­dos da cidade e do Estado de São Paulo”, diz.

“A equipe da Secretaria da Cultura tem trabalhado com muita dedicação para devolver o MIS aos ribeirão-pretanos. A designação da Casa de Câma­ra e Cadeia foi um consenso e, além de valorizar este prédio histórico, possibilita que o MIS componha um roteiro de visita­ção que proporciona o reconhe­cimento da identidade, história e memória de nossa cidade”, enfa­tiza Isabella Pessotti.

A decisão de transferir o MIS para a antiga sede do Pro­tocolo Geral foi anunciada em 13 de setembro do ano passado, quando a prefeitura de Ribeirão Preto publicou edital de chama­mento no Diário Oficial do Mu­nicípio (DOM) com o objetivo de reformar o imóvel. Outras locais já haviam sido propostos para sediar o MIS.

O ideal, segundo disseram agentes do setor cultural em uma Comissão Especial de Es­tudos da Câmara, seria o Lar Santana, que também poderia abrigar o Arquivo Público e Histórico. Os especialistas en­tendem que os dois acervos têm muito em comum. Porém, a prefeitura pretendia levar o MIS um imóvel na avenida Doutor Francisco Junqueira nº 942/958, foi permutado, em 2016.

Porém, a Secretaria Muni­cipal de Planejamento e Gestão Pública informou à época que estudos feitos pela administra­ção constataram a inviabilidade da transferência do MIS por uma série de motivos, entre eles a falta de acessibilidade (fica no segundo andar e não tem elevador) e a inexistência de vagas de estacionamento nas vias próximas, o que difi­cultaria a visitação do por par­te de grupos de estudantes – não tem como estacionar ônibus na sempre movimentada avenida Francisco Junqueira.

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