No ano passado, Ribeirão Preto registrou a maior epidemia de dengue da história considerando o número de casos registrados. De acordo com dados do Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade fechou 2024 com mais de 44.600 vítimas do mosquito Aedes aegypti – transmissor da doença, das febres chikungunya e amarela na área urbana e de zika.
Em 2025, já são 4.340 casos confirmados – além de 12.470 sob investigação –, contra 11.244 do mesmo período do ano passado, 6.904 a menos e queda de 61,40%. Em uma semana, mais 978 pacientes procuraram atendimento na cidade, contra 688, 780 e 817 dos intervalos anteriores.
Seis pessoas morreram em fevereiro do ano passado, quando a cidade registrou 6.278 ocorrências sem vítimas fatais, contra 1.430 do segundo mês de 2025. São 4.848 a menos, queda de 77,22%. São 14 casos em seis dias de março. Em janeiro, 2.896 pessoas pegara dengue e das morreram em Ribeirão Preto.
A prefeitura de Ribeirão Preto já intensificou as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti devido às chuvas de verão. Segundo dados atualizados nesta quinta-feira, 6 de março, a cidade fechou 2024 com 44.646 casos de dengue (eram 44.637 antes da revisão).
É o maior volume da história da cidade, superando em 27,40% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 9.603 a mais, além de 65.511 ainda sob investigação. Também já soma 32.344 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 262,92%.
Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, já são duas mortes por dengue em 2025, ambas em janeiro. As vítimas são dois idosos – uma senhora e um senhor acima dos 60 anos. Os dados atualizados estão no Painel de Arboviroses da pasta. Ainda há quatro óbitos em investigação, todos do primeiro mês.
A cidade já enfrenta nova epidemia. Ribeirão Preto registrou 26 mortes em decorrência de dengue no ano passado – 14 mulheres e doze homens –, segundo dados do Painel de Arboviroses da Secretaria Municipal da Saúde. Não há mais nenhum óbito em investigação referente a 2024. Os dados são atualizados semanalmente, com possibilidade de alterações pontuais.
Em 2024, a cidade superou em 189% o número de mortes do período anterior – 17 a mais que os nove óbitos de 2023. Foram duas em janeiro, seis em fevereiro, duas em março, duas em abril, seis em maio, quatro em junho, uma em agosto e três em dezembro, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Desde 2013 já são 71 óbitos por dengue no município.
São seis de 2013 e cinco de 2015. Em 2014 não houve mortes na cidade. Em 2022, a cidade teve um óbito. A alta no em 2023 chegou a 800%, oito a mais. Em 2021, não houve casos fatais. Em 2020, ocorreram onze mortes, mas um caso era importado de São Simão, na região metropolitana. No total oficial, Ribeirão Preto fechou 2020 com dez ocorrências fatais, sete a mais do que os três falecimentos de 2019, alta de 233,3%.
O número de 26 mortos pelo mosquito Aedes aegypti – vetor da doença, do zika vírus e das febres amarela e chikungunya – do ano passado já é o maior em pelo menos oito anos (desde 2016), superando os dez de 2020 em 160%. São 16 a mais. Antes de 2019, a cidade não registrava óbito em decorrência da infecção desde 2016, quando nove pacientes não resistiram aos vírus.
Os dados são atualizados semanalmente e ainda podem ser alterados. No ano passado, 16.394 tinham entre 20 e 39, outras 11.026 estavam na faixa dos 40 a 59 anos, 7.036 são do grupo entre 10 e 19 anos, 5.528 eram idosos acima de 60 anos, 3.046 crianças de 5 a 9 anos, 1.336 entre 1 e 4 anos e 280 eram bebês com menos de 1 ano de idade.
Em 2025, dos 4.340 casos de dengue confirmados em Ribeirão Preto, 1.552 têm entre 20 e 39 aos, 1.227 pacientes têm entre 40 e 59 anos, 684 têm mais de 60 anos, 530 são do grupo de 10 a 19 anos, 221 são crianças de 5 a 9 anos, 106 têm entre 1 e 4 anos e 20 vítimas tem menos de 1 anos.
Em 2024, a cidade registrou 13.292 casos na Zona Leste, além de 10.707 na Oeste, 8.682 na Norte, 6.618 na Sul e 5.347 na Central. Neste ano, são 1.470 na Zona Leste, 964 na Sul, 711 na Oeste, 637 na Central e 466 na Norte, além de 92 sem identificação.
Ribeirão Preto fechou 2023 com 12.302 casos de, 4.820 a mais que os 7.482 do período anterior, crescimento de 64,42%. Em pouco mais de 16 anos, a cidade já registrou 209.851 casos de dengue. Foram contabilizadas 316 ocorrências de febre chikungunya em 2024, treze importadas. Uma pessoa morreu. No ano anterior, foram 121, sendo 107 autóctones. São 50 em 2025, dois importados.
O sorotipo 3 da dengue (DENV-3) já foi constatado na cidade este ano, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). Nesta quinta-feira (6), a secretária de Estado da Saúde em exercício, Priscilla Perdicaris, visitou Sertãozinho e Ribeirão Preto para liderar uma força-tarefa do governo de São Paulo no combate à dengue e implementar estratégias voltadas à redução dos casos da doença nas regiões de maior incidência de casos.
A secretária estadual se reuniu com Renan Urizzi e Maurício Godinho, secretários municipais da saúde de Sertãozinho e Ribeirão Preto, respectivamente, além de representantes das vigilâncias epidemiológicas e sanitárias municipais. A estratégia faz parte de uma série de ações no combate às arboviroses em todo o estado.
“Hoje estivemos em Ribeirão Preto e Sertãozinho, e ontem nossa equipe também esteve em Jaboticabal, reforçando as ações tanto no combate ao vetor quanto na melhoria dos protocolos de tratamento. O objetivo é intensificar todas as medidas possíveis para combater o mosquito Aedes aegypti”, destacou Priscilla Perdicaris.