O tom apaziguador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China, no domingo (12), reduziu os temores de uma escalada na guerra comercial e estimulou o apetite ao risco no exterior, abrindo espaço para a recuperação de divisas emergentes neste início de semana.
Com mínima de R$ 5,4428, o dólar à vista encerrou a sessão desta segunda-feira, 13 de outubro, em queda de 0,75%, cotado a R$ 5,4623. Na última sexta-feira (10), a moeda norte-americana havia subido 2,39% no mercado local e ultrapassado o nível de R$ 5,50, fechando no maior valor desde 5 de agosto.
Foi uma reação à onda de aversão ao risco no exterior depois de Trump ameaçar impor tarifas de 100% a produtos chineses a partir de 1º de novembro, em resposta às restrições impostas pela China às exportações de terras raras. No domingo, Trump disse que os Estados Unidos “querem ajudar a China, e não prejudicá-la”, alegando que o presidente chinês, Xi Jinping, “teve apenas um momento ruim” em relação ao comércio de terras raras.
“Não se preocupe com a China; tudo ficará bem”, escreveu Trump na Truth Social. O real, que amargou na sexta-feira o pior desempenho entre as divisas emergentes, ontem apresentou ganhos superiores aos de pares latino-americanos e um pouco abaixo da valorização do rand sul-africano.
Pela manhã, o Banco Central vendeu US$ 5 bilhões em leilão de linha para rolagem do vencimento de 4 de novembro. Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o Dollar Index (DXY) operou em leve alta ao longo do dia, voltando a superar os 99,000 pontos, com máxima aos 99,346 pontos.
A divisa avança 2,62% em nove pregões de outubro. Encerrou a semana passada em elevação de 3,13%, após altas de 0,03% e 0,32% nas anteriores. Encerrou setembro em baixa de 1,85%. Fechou junho em queda de 4,99% e julho com valorização de 3,07%. Recuou 3,19% em agosto. Cai 11,62% no ano, após fechar 2024 com alta de 27,34%.
O Ibovespa – índice de referência da B3 – ficou perto de recuperar a marca dos 142 mil pontos nesta abertura de semana e encerrou o dia em alta de 0,78%, aos 141.783,36 pontos. Oscilou dos 140.681,77 até os 142.302,81 pontos, fechando o dia com giro financeiro muito enfraquecido, a R$ 14,7 bilhões. Recua 3,05% no mês e caiu 2,44% na semana passada, a terceira consecutiva de desempenho negativo.
Esse cenário não era visto desde a virada de maio para junho , após retrações de 0,86% e de 0,29% nas anteriores. A referência encerrou setembro em alta de 3,40%, seu melhor desempenho para o mês desde 2019 (então em alta de 3,57%). Avançou 6,28% em agosto. Registra alta de 17,87% no ano, após queda de 12,75% em 2024.

