João Camargo
Nesta época em que enfrentamos a pandemia do novo coronavírus (covid-19), algumas entidades de apoio têm sofrido com dificuldades para adquirir o necessário para as pessoas que elas abrigam. Entre elas estão a Casa do Vovô, o Lar Padre Euclides, o Lar dos Velhos Idosos e a Corações Solidários.
O Tribuna entrou em contato com essas instituições, que explicaram como está sendo a rotina dos idosos nessa quarentena e quais tipos de doações podem contribuir com as casas de apoio.
De acordo com o gestor da Casa do Vovô, José Alexsandro Costa Rodrigues, as doações caíram nos últimos tempos. Ele relatou que, principalmente, as doações de recursos financeiros e de alimentos perecíveis (frutas, verduras, legumes e carnes etc.) diminuíram.
No entanto, a casa que atende 87 idosos busca ver essa situação por outro lado. “Tudo tem seu lado positivo. Nossa equipe está mais unida, para poder acolher os idosos de uma melhor forma. Estamos nos redescobrimos enquanto instituição. Nós temos passado energia positiva para os idosos e sempre lembrado que essa situação que estamos enfrentando vai passar”, disse Rodrigues.
Quem também comentou a experiência nesta quarentena foi Nei Martins, presidente do Lar Padre Euclides. Eles estão apreensivos com a pandemia e tomando os cuidados necessários.
“Tomamos todos os cuidados necessários e estamos seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Secretaria da Saúde. Graças a Deus entramos em quarentena 15 dias antes das determinações no Brasil”, comentou Martins.
Em relação ao Lar dos Velhos Idosos, que abriga 34 idosas, Rosângela Minuti, coordenadora da entidade, informou que durante a pandemia eles tentam fazer o que as idosas que vivem por lá mais gostam. “Por exemplo, uma comida diferente e músicas da época delas. Além disso, a terapeuta ocupacional está trabalhando com várias atividades, respeitando o distanciamento”, disse a coordenadora.
Rosângela contou, também, que nesta quarentena os familiares estão conversando com as idosas pelo portão, mantendo uma distância de 2 metros. “Todos os funcionários estão com equipamentos de proteção, respeitando as orientações com relação a pandemia. Estamos todos procurando fazer um dia mais feliz, mas com toda a segurança”, finalizou.
Além das entidades que acolhem idosos, há a Corações Solidários. Este é um projeto de autoria de Elta Marta Trigo, que ajuda famílias de comunidade, casas de repouso, casas de recuperação de dependentes químicos, projetos de crianças, moradores de ruas e muito mais.
Elta relatou que, atualmente, pelo fato de várias famílias ficarem sem poder sair para trabalhar, aumentaram-se os pedidos de ajuda. “Os pedidos de socorro não param de chegar. Comunidades e moradores de rua estão sofrendo com essa situação, pois, nesta época, muitas pessoas deixam de levar ajuda com medo do contágio”, finalizou.
Doações
Casa do Vovô (Rua Tapajós, 2847 – Ipiranga)
Além de doações financeiras e de alimentos perecíveis, como frutas, verduras e legumes, a Casa do Vovô ressaltou que a entidade tem um projeto aprovado no Conselho Municipal do Idoso de Ribeirão Preto, no qual pessoas físicas e jurídicas podem ajudar a instituição fazendo as destinações via imposto de renda.
Lar Padre Euclides (Avenida Saudade, 1577 – Campos Elíseos)
Segundo o presidente do Lar Padre Euclides, Nei Martins, a casa está precisando de doações em geral. Porém, o que foco principal está sendo arrecadar toalhas de papel e álcool em gel. Foi montado um espaço no Lar, para que a população possa ir e doar com segurança para todos.
Lar dos Velhos Idosos (Travessa Pura Pantozzi, 110 – Ipiranga)
O Lar está precisando de materiais de limpeza como sabão em pó, desinfetante, cloro, água sanitária, detergente, amaciante e sacos de lixo. As doações podem ser entregues no próprio Lar (estão sendo recebidas pelo portão, enquanto as visitas não estão podendo entrar).
Corações Solidários (Rua Francisco Evangelista, 239)
A maior necessidade é para produtos de higiene e limpeza, mantimentos, carnes, ovos, salsichas, legumes, verduras e frutas.