O GSH Banco de Sangue de Ribeirão Preto está enfrentando uma situação crítica, com os estoques de sangue tipo O negativo (O-) 35% abaixo do ideal. Atualmente, é suficiente para atender a uma demanda de apenas 13 dias, enquanto uma margem mais segura seria de 20 dias.
Nesse contexto, a instituição faz um apelo urgente à população para que doe sangue e ajude a reverter esse quadro preocupante. A falta desse hemocomponente essencial pode comprometer cirurgias e procedimentos de emergência.
O sangue O negativo é conhecido como o “doador universal”, pois pode ser transfundido em pacientes de todos os tipos sanguíneos em casos de emergência, quando não há tempo para realizar testes de compatibilidade. Essa característica o torna indispensável em hospitais, onde sua disponibilidade pode significar a diferença entre a vida e a morte.
“Estamos diante de um cenário extremamente preocupante. A escassez de sangue O- compromete nossa capacidade de resposta em estados de emergência, como acidentes graves, hemorragias e cirurgias de urgência”, alerta o doutor Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente médico do Grupo GSH.
De acordo com a instituição, a situação se agravou devido ao acúmulo de feriados prolongados, que, historicamente, resultam em uma queda nas doações de sangue. Com a proximidade do feriado de 1º de maio, a preocupação é que os estoques fiquem ainda mais comprometidos.
“Pacientes em estado crítico dependem desse sangue para sobreviver. Cada doação é um ato de solidariedade que pode salvar vidas e garantir que procedimentos cirúrgicos essenciais não sejam interrompidos”, ressalta Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo.
O GSH Banco de Sangue funciona de segunda a sábado, das sete às 12 horas. Não abrirá nesta quinta-feira, 1º de maio, feriado do Dia Internacional do Trabalho, a mas unidade estará aberta na sexta-feira (2). O endereço é rua Quintino Bocaiúva nº 975, Vila Seixas. Informações pelos telefones (16) 3977-5900 | WhatsApp: (16) 99702-0830.
Todos os tipos sanguíneos são necessários neste momento, principalmente os de Rh negativo, que são os que mais estão em falta. Mesmo quem não sabe qual o seu tipo sanguíneo pode doar, pois, no procedimento de doação é realizado o teste de tipagem. Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente.
A unidade atende a doze hospitais públicos e privados da região, prestando atendimento médico e técnico especializado e fornecendo hemocomponentes aos pacientes que estão internados e precisam de transfusão para se recuperarem.
De acordo com o Ministério da Saúde, apenas cerca de 1,8% da população brasileira é doadora. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse índice chegue a, no mínimo, 3%. Uma doação pode salvar quatro vidas. A instituição atende doze hospitais na região.
A doação de sangue proporciona chance de vida e esperança aos pacientes internados que necessitam de transfusões. Entre eles, os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes.
Requisitos – Entre outros, um dos requisitos básicos para ser um doador é ter entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação). Para os menores (entre 16 e 18 anos), é necessário o consentimento dos responsáveis.
Entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Também deve estar em boas condições de saúde, pesar no mínimo 50 quilos e não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas doze horas. No dia da doação, é imprescindível levar documento de identidade com foto.