A formação da federação composta pelos partidos União Brasil e Partido Progressistas (PP), anunciada esta semana em Brasília e denominada União Progressista, terá quatro vereadores na Câmara de Ribeirão Preto. Sozinho cada partido tinha dois parlamentares. São eles: Maurício Gasparini e Diácono Ramos pelo União Brasil e Franco Ferro e Daniel Gobbi pelo PP.
Com a federação, a bancada dividirá o segundo lugar em número de parlamentares no Legislativo, junto com o Partido Liberal (PL) A legenda com mais cadeiras continuará sendo o MDB, com cinco. Segundo o ex-vereador André Trindade, presidente municipal e coordenador regional do União Brasil a federação garantirá vida própria para os dois partidos.
Entretanto, as principais decisões nos anos eleitorais vão requerer alinhamento na montagem das chapas seja a nível nacional, estadual e municipal. Ele afirma que é cedo para dizer quem será o presidente na cidade e na região, mas está trabalhando para ocupar esse espaço de comando.
Nas eleições do ano passado, André Trindade obteve 29.115 votos para prefeito de Ribeirão Preto, 10,98% dos válidos, e não conseguiu chegar ao segundo turno. “Precisamos aguardar essas movimentações nos estados, mas tenho me coloco a disposição do meu partido e a minha estrutura partidária para conduzir esse projeto na nossa região”, afirma.
Segundo ele, nas eleições para deputado estadual e federal, no próximo ano, cada partido deverá indicar de forma proporcional os nomes que vão concorrer em uma chapa única. André Trindade afirma também que provavelmente será candidato a deputado estadual, mas isso não impede que a federação tenha na cidade e na região outras candidaturas, inclusive para federal.
“A federação aumenta a competitividade, elimina candidatos com pouca votação e constrói uma super chapa garantindo várias cadeiras. A redução do número de partidos, seja por federação, por fusão ou incorporação, ajuda o Brasil e as decisões dos eleitores a saberem mais claramente quem é quem e o que representam”, finaliza.
Recentemente, em entrevista ao Tribuna, o vereador Maurício Gasparini, do mesmo partido que André Trindade, afirmou que poderá se candidatar para deputado estadual. Ele já concorreu a \uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), mas não se elegeu. Foi em 2018, quando obteve 16.934 votos, e em 2022, quando recebeu 22.741.
Para Daniel Gobbi, do PP a formação da federação partidária representa um passo estratégico e significativo para o fortalecimento do centro-direita no cenário político brasileiro. Segundo ele, que foi vice-prefeito na segunda gestão do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), entre 2021 e 2024, a união sinaliza uma busca por maior estabilidade, coesão programática e de articulação.
Assim, vai promover uma atuação mais coordenada no Congresso Nacional e nas eleições de 2026, principalmente na disputa presidencial. “Ao unir forças, os dois partidos ampliam sua representatividade, otimizam recursos e fortalecem sua capacidade de influenciar decisões políticas em benefício do desenvolvimento do país. Trata-se de uma iniciativa que pode contribuir para um debate mais qualificado e para o reequilíbrio democrático”, afirma. Ele afirma que não deverá ser candidato a deputado nas eleições do próximo ano.
A bancada da Federação União Progressista será a maioria da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares. A junção do União Brasil com o Progressistas desbancou o PL, com 91 parlamentares, e a federação PT, PCdoB e PV, com 80. No Senado, serão 14 senadores, empatado com PSD e PL.
A federação também poderá ter candidato a presidente da República em 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), já se lançou como pretendente, embora não haja consenso sobre uma candidatura de direita. A legislação eleitoral reconheceu as federações em 2021 e permite que dois ou mais partidos possam atuar em conjunto por, pelo menos, quatro anos. E
m caso de rompimento antes do prazo mínimo, as siglas ficam proibidas de formar uma nova aliança. Atualmente existem três federações no país registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A principal agremiação é a “Brasil da Esperança” que reúne o PT, PCdoB e PV. Também existe o grupo formado por PSOL e Rede.
Já o PSDB e o Cidadania que formavam outra federação não renovaram a união para 2026. No começo de abril, o Cidadania decidiu romper a aliança. Agora, os tucanos deverão formalizar a fusão com o Podermos. A executiva nacional do partido já começou o processo.
Bancadas na Câmara de RP
MDB
Danilo Scochi
Igor Oliveira
Bigodini
Delegado Martinez
Matheus Moreno
PL
Isaac Antunes
Lincoln Fernandes
Junin Dêdê
Daniel do Busão
Federação União/PP
Diácono Ramos
Maurício Gasparini
Franco Ferro
Daniel Gobbi
PSD
Paulo Modas
Jean Corauci
Rangel Scandiuzzi
PT
Duda Hidalgo
Perla Müller
Coletivo Popular Judeti Zilli
PSDB
Mauricio Vila Abranches
Republicanos
Brando Veiga
Novo
André Rodini
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