A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) concluiu que Elizabete Arrabaça, de 66 anos, matou a própria filha, a veterinária Nathália Garnica, de 42 anos, por motivação financeira. O crime ocorreu em fevereiro deste ano, em Pontal (SP), e o inquérito está em fase final.
Segundo a investigação, Nathália fazia planos de reconstruir a vida conjugal e ter filhos, o que, de acordo com os autos, descarta a hipótese de suicídio. Elizabete, já presa por outro homicídio, é apontada como responsável pelo envenenamento da filha. Testemunhas relataram ligações insistentes no dia da morte e conflitos familiares anteriores envolvendo herança e decisões pessoais da vítima.
O laudo toxicológico confirmou a presença de “chumbinho”, veneno similar utilizado em outro crime relacionado à mesma investigada.
Ligação com feminicídio posterior
Elizabete Arrabaça já cumpre prisão preventiva pela morte de Larissa Rodrigues, professora de pilates de 36 anos e nora da suspeita, assassinada um mês após Nathália. No segundo caso, ela e o filho Luiz Antonio Garnica, marido de Larissa e irmão de Nathália, foram denunciados pelo Ministério Público por feminicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, emprego de veneno e impossibilidade de defesa da vítima. Ambos negam os crimes.
A promotoria aponta que o assassinato de Larissa foi motivado por interesses patrimoniais e pela descoberta de um caso extraconjugal. Luiz Antonio também responde por fraude processual por supostamente limpar a cena do crime antes da chegada da polícia.

Suspeita de encobrimento na morte de Nathália
No caso da veterinária, outros dois filhos de Elizabete, Luiz Antonio Garnica e Viviane Garnica, são alvo de apuração por suposta fraude processual. A Polícia Civil apura se eles modificaram a cena do crime antes da chegada do socorro. Os dois teriam sido os primeiros a chegar à residência de Nathália, partindo de Ribeirão Preto em direção a Pontal logo após o ocorrido.
Celulares de todos os envolvidos foram apreendidos e estão em processo de perícia. A análise dos dados poderá indicar envolvimento direto ou prévio conhecimento do crime.
Cachorra da vítima também pode ter sido envenenada
A investigação também considera a exumação do corpo da cadela Babi, que pertencia a Nathália e estava sob cuidados de Elizabete. O animal morreu dias antes da tutora e há suspeita de que tenha sido envenenado como um “teste” do veneno. A substância coletada no corpo do animal foi encaminhada para análise toxicológica em São Paulo. O laudo ainda não foi divulgado.
Morte inicialmente tratada como natural
Inicialmente, a morte de Nathália foi registrada como natural. No entanto, diante das evidências do envenenamento de Larissa e da relação temporal entre os casos, a polícia pediu a exumação do corpo de Nathália. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou a ingestão de “chumbinho”.
O inquérito deve ser concluído nas próximas semanas. A polícia aguarda novas oitivas e o resultado das análises periciais para envio do relatório final ao Ministério Público.
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