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Risquinhos nas paredes
Na Câmara de Ribeirão Preto, quando ocupou o prédio da Socie­dade Recreativa e de Esportes, onde hoje é o Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi (Marp), na esquina da Barão do Amazonas com Duque de Caxias, havia um vereador que tinha muitos risquinhos na parede de seu gabinete.

Matarazzo
Ele era muito ligado à direção do conglomerado Matarazzo e indicava moças e rapazes para trabalhar nos teares da Cianê, nos Campos Elíseos. Depois de algum tempo, des­cobriu-se que tais “risquinhos” indicavam as alturas dos equipamentos em que os trabalhadores iriam desenvolver suas atividades e se não alcançassem os comandos, não poderiam ser contratados.

“Nas coxas”
Muita gente estranha quando se fala que o serviço foi feito “nas coxas” levando o pensamento para coisas menos dignas. No entanto, no tempo de Brasil Colônia os escravos faziam as telhas tendo como base suas “coxas”. Cada um tinha uma medida. Quando as telhas eram colocadas nos telhados fica­vam desiguais e logo se perguntava se as referidas coberturas eram feitas nas coxas dos escravos. Degradante e revoltante, mas nada sexista.

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