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Lula visita centro de pesquisa em Xangai

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quin­ta-feira, 13 de abril, o centro de pesquisa e desenvolvimento da empresa de tecnologia Huawei, em Xangai, que também atua há 25 anos no Brasil. Lula está em viagem à China onde tam­bém se encontrou com empre­sários e autoridades políticas.

“Visitei o centro de desen­volvimento de tecnologias da Huawei. A empresa fez uma apresentação sobre 5G e so­luções em telemedicina, edu­cação e conectividade. Um investimento muito forte em pesquisa e inovação”, escreveu o presidente em publicação nas redes sociais.

Em comunicado, a Presi­dência da República informou que a Huawei reforçou o com­promisso de trabalhar numa perspectiva de longo prazo para o desenvolvimento sustentável do Brasil, em parcerias com foco em conectividade, inclu­são digital, educação, saúde e reindustrialização.

“A apresentação mostrou, por exemplo, conquistas em projetos de conectividade di­gital em zonas remotas da Amazônia e ações para conec­tar escolas públicas e interligar setores de segurança”, destacou. Após a visita, Lula esteve com o líder da empresa de veículos elétricos BYD, Wang Chuanfu.

A empresa produz ônibus elétricos e está negociando uma fábrica de automóveis elétricos em Camaçari, na Bahia. Segun­do o Planalto, Chuanfu falou so­bre as políticas públicas chinesas que deram ao país “uma indús­tria forte de veículos elétricos” e ampliação de sua adoção, tanto de carros de passeio como ôni­bus de transporte público.

Em seguida, Lula, acompa­nhado por ministros de estado e governadores que estão na comi­tiva, se reuniu com o presidente do conselho da China Commu­nications Construction Com­pany (CCCC), Wang Tongzhou. Segundo a Presidência, essa é a maior empresa de construção ci­vil na China e, no Brasil, investe em obras de infraestrutura como a construção da ponte entre Sal­vador e Itaparica, na Bahia.

A comitiva presidencial dei­xou Xangai por volta das 22 ho­ras, no horário local, com desti­no a Pequim. Nesta sexta-feira (14), na capital chinesa, Lula terá encontro com lideranças sindicais e reuniões bilaterais com autoridades, entre elas o presidente chinês, Xi Jinping.

A programação com o líder do país asiático prevê um en­contro aberto, uma cerimônia para assinatura de acordos bi­laterais e depois um encontro bilateral fechado. Também ha­verá uma cerimônia de troca de presentes, registro de fotos e um jantar oficial.

Acompanha o presidente uma comitiva de empresários, governadores, parlamentares e ministros, e a expectativa é de que mais de 20 acordos sejam assinados em diversas áreas. A viagem à China é a quarta visi­ta internacional de Lula após a posse neste terceiro mandato. O presidente já foi à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos.

Dilma no Brics
No período da manhã, Lula participou da posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvi­mento (NDB na sigla em in­glês), em Xangai, na China, também conhecido como Ban­co do Brics (bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul)

Em seu discurso de posse, Dilma Rousseff defendeu o viés social do banco e assumiu o compromisso do NDB com a proteção ambiental, infraes­trutura social e digital. Sinali­zando em toda sua fala o apoio às comunidades mais pobres e a necessidade de ajudá-las a garantir moradia e condições mais dignas, a ex-presidente da República pediu “prosperi­dade comum” a todos.

Desafios
A futura presidente do Ban­co do Brics terá oportunidade de ampliar a inserção interna­cional na instituição, mas en­frentará dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das reta­liações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financia­mento para projetos de infra­estrutura e de projetos de de­senvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB atualmente tem cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados.

Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estão investidos no Bra­sil, principalmente em projetos de rodovias e portos, segundo o governo federal. Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangla­desh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.

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