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Mãe foi morta com 20 facadas

Laudo do IML apontou também que a vítima teve vários dentes quebrados

Michele confessou ter matado Márcia e laudo apontou que foram 20 facadas e todos os dentes da boca da vítima foram quebrados (Foto: Redes Sociais)

Por: Adalberto Luque

A Polícia Civil divulgou, na manhã desta segunda-feira (22), o laudo do Instituto Médico Legal, sobre a morte da ex-diretora de escola Márcia Cristina Feliciano Costa, de 59 anos. O crime ocorreu em uma área de lazer na rua Waldemar da Costa Teixeira, Planalto Verde, zona Oeste de Ribeirão Preto.

Segundo o delegado divisionário José Carvalho de Araújo Júnior, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC), a mulher levou 20 facadas, de acordo com o laudo. Além disso, os dentes da frente da boca dela estavam quebrados.

Segundo Araújo, os policiais da Delegacia de Homicídios que investigavam o caso, estranharam o depoimento da filha da vítima, Michele Cristina Feliciano, no dia em que a mãe foi morta, em 11 de setembro. Ela teria relatado tudo com tranquilidade, segundo o delegado, o que seria incompatível para quem havia acabado de perder a própria mãe.

O delegado disse que a médica responsável pelo serviço de verificação do óbito ligou informando que havia ferimento de faca, razão pela qual a Polícia Civil passou a investigar como homicídio. Com o laudo, foi possível constatar que a maioria dos ferimentos eram de defesa da vítima, nos braços e mãos. Mas houve o ferimento fatal.

Araújo também acredita ter havido uma briga entre as duas, pois a vítima teria tentado se defender das facadas. A polícia também investiga se ela teria sido orientada pelo marido a gritar como se alguém estivesse no local frases “sai, Gustavo” ou “para, Gustavo” para que os vizinhos ouvissem.

Box do banheiro estava estilhaçado, possivelmente após briga entre filha e mãe (Foto: Reprodução)

A mulher, presa na sexta-feira (19), teria confessado o crime, de acordo com o delegado da DEIC. Ela teria retornado até a área de lazer e indicado o local onde a faca estava escondida. Era uma faca de cozinha e ainda tinha vestígios de sangue. A arma do crime está sendo periciada.

O inquérito deve ser concluído em breve. Araújo explicou que faltam algumas testemunhas, vizinhos da área de lazer. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Michele.

Entenda o caso

A ex-diretora de escola, Márcia Cristina Feliciano Costa, de 59 anos, morreu no dia 11 de setembro em uma área de lazer no Planalto Verde. A filha dela, Michele Cristina Feliciano, foi quem acionou a Polícia Militar.

Ela disse que estava enchendo balões para uma festa de aniversário e não viu o que aconteceu. A mãe estava caída ao lado do banheiro. O box de vidro estava estilhaçado e, sobre o corpo, havia uma barra de ferro, possivelmente da estrutura do box.

Michele apresentava ferimentos nas mãos e na perna. Alegou ter se machucado ao fazer massagem cardíaca na mãe, que estava com estilhaços do box sobre o corpo.

A médica responsável pela apuração do óbito ligou para o delegado e disse que havia ferimentos feitos com uma faca. A Delegacia de Homicídios convocou Michele para prestar novo depoimento. Ela foi acompanhada de um advogado.

Corpo da ex-diretora estava caída na porta do banheiro e havia marcas de sangue no chão e parede (Foto: Reprodução)

Os celulares de Márcia, Michele e de seu marido foram apreendidos. Imagens de câmeras de segurança também foram analisadas e ninguém foi visto entrando no imóvel além de mãe e filha e do genro da vítima.

O marido de Michele chegou a dize à polícia ter ouvido comentários de vizinhos de que uma voz feminina gritava “sai, Gustavo” ou “para, Gustavo”, mas afirmou não conhecer ninguém com este nome.

Na noite de sexta-feira (19) ela foi presa temporariamente e, segundo o delegado da DEIC, teria confessado o crime. Alegou que teve uma briga com a mãe por causa de um aniversário de 15 anos e que só lembra de alguns flashes do que teria ocorrido.

Michele foi com a polícia até a área de lazer e indicou o local onde estava escondida a faca de cozinha usada no crime. A arma ainda tinha vestígios de sangue. Depois Michele seguiu para a cadeia pública de São Joaquim da Barra, onde está à disposição da Justiça.

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