Tribuna Ribeirão
Geral

Mais pessoas estão morando sozinhas

Foto: Reprodução

A proporção de brasileiros que moram sozinhos aumentou 52% no intervalo de 12 anos. Enquanto em 2012 a parcela de pessoas que moravam sós era de 12,2%, este percentual aumentou no ano passado para 18,6%, o que equivale a aproximadamente um em cada cinco pessoas. Em 2012, o Brasil tinha 61,2 milhões de endereços, sendo 7,5 milhões com um morador. Já em 2024, eles totalizaram 77,3 milhões de lares, sendo 14,4 milhões com apenas uma pessoa.

A constatação faz parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada na semana passada, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o levantamento, das 14,4 milhões de pessoas que moravam sozinhas em 2024, a maioria era homem (55,1%) e 44,9%, mulheres. Entre os homens, a maior parte (57,2%) tinha idade entre 30 e 59 anos. Entre as mulheres, a faixa etária predominante é a de mais de 60 anos, que abrange 55,5% do universo feminino.

Para o analista da pesquisa, William Kratochwill, o crescimento de residências com apenas um morador está associado ao envelhecimento da população. De acordo com a Pnad, em 12 anos, a parcela de pessoas com 65 anos ou mais de idade passou de 7,7% para 11,2%. “Quarenta por cento das unidades com um único morador no Brasil são ocupadas por pessoas de 60 anos ou mais. São aquelas que acabam ficando viúvas ou que viviam com família, e os filhos vão ter suas próprias famílias, e isso faz com que eles vão ficando cada vez mais sozinhos no sentido de residência”, afirma Kratochwill.

A pesquisa revelou que, em quatro estados, a proporção de residências com apenas um morador supera 20%. São eles: Rio de Janeiro: 22,6%, Rio Grande do Sul: 20,9%, Goiás: 20,2% e Minas Gerais com 20,1%. No outro extremo, cinco estados ficam abaixo de 15%: Roraima com 14,7%, Pará com 14,6%, Amazonas, com 14,1%, Amapá com 13,6% e Maranhão com 13,5%.

A pesquisa também identificou que os demais agrupamentos familiares perderam participação no perfil dos domicílios brasileiros. O de maior expressão é o nuclear, formado pelo casal, com ou sem filhos – inclusive adotivos e de criação – ou enteados. O grupo inclui também as unidades domésticas monoparentais – pai ou mãe e filho -. Em 2012, este grupo formava 68,4% dos lares brasileiros e em 2024, caiu para 65,7%.

Também perderam espaço as composições familiares estendidas e as compostas. As estendidas são constituídas por uma pessoa responsável e pelo menos um parente, que não configure o modelo nuclear. Já as compostas são aquelas que possuem também uma pessoa sem parentesco, podendo ser um agregado, pensionista, convivente ou empregado doméstico. A composição familiar estendida caiu de 17,9% para 14,5% e a composta de 1,6% para 1,2%.

Postagens relacionadas

Daerp consertou mais de dez mil vazamentos

Redação 1

PUBLICIDADE: Fórmula Ribeirão – Academia Completa

Redação 1

IBGE lança atlas que retrata a costa brasileira pela literatura

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com