Tribuna Ribeirão
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Mayra diz que relatou caos no AM a Pazuello

MARCELO CAMARGO/AG.BR.

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde e médica, Mayra Pinheiro, a “capitã cloroquina”, informou à Comissão Parlamentar de In­quérito (CPI) da Pandemia ter relatado diariamente, ao então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, a situação de “caos” em Manaus (AM) durante o período em que esteve lá.

No início do ano, a capital amazonense registrou a satu­ração dos serviços de saúde e esgotamento de insumos, como oxigênio envasado, o que levou à morte de diversos pacientes internados. De acor­do com Mayra, todas as infor­mações referentes à situação da cidade foram repassadas pelo grupo de técnicos que esteve em Manaus ao comando cen­tral da pasta na ocasião em que o governo federal, em reunião que contou com a participação de Pazuello e do presidente Jair Bolsonaro, decidiu pela não in­tervenção no município.

“A gente inclusive teve a organização de um comi­tê intersetorial em Manaus que funcionava duas vezes por dia com reuniões às nove horas da manhã e ao final do dia para juntar todas as ações e organizar o que já devería­mos demandar”, disse nesta terça-feira, 25 de maio, à CPI. Segundo relatou, mesmo após o retorno dos técnicos à Bra­sília, a produção dos relató­rios seguiu produção diária.

Mais cedo, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), reclamou da atu­ação da pasta e disse que nem Mayra Pinheiro, nem o ex­-ministro Eduardo Pazuello iriam convencê-lo de que a pasta não sabia do problema que resultaria na severa crise de abastecimento de oxigênio em Manaus.

Cloroquina
A secretária afirmou tam­bém que a confecção do proto­colo pelo Ministério da Saúde para uso da hidroxicloroquina coincidiu com a nomeação de Pazuello para chefiar a pasta e a publicação de estudos sobre o uso do medicamento.

“A nota foi responsabilida­de do Ministério da Saúde para não prevaricar diante de fatos graves que aconteceram na comunidade científica interna­cional, sobretudo este estudo da revista Lancet que depois foi retirado pelos revisores e considerado uma fraude”, afir­mou a secretária.

Mayra Pinheiro afirmou que seu trabalho à frente do pasta com relação ao uso da cloroquina foi para disponibi­lizar uma “orientação segura” sobre o uso do medicamento. Segundo ela, a orientação do Ministério da Saúde surgiu em um contexto em que 22 pacientes em Manaus foram a óbito pelo uso de quantidades “tóxicas” de cloroquina.

Mayra afirmou que, com medo de “prevaricar” a situa­ção que ocorreu em Manaus, e evitar que ela acontecesse no resto do país, o Ministério da Saúde lançou uma nota sobre o uso do medicamento. Segundo ela, o fármaco estava sendo usado em quantidades “tóxicas”, quatro vezes maior que o preconizado, e a nota do ministério surgiu na tentativa de corrigir isso.

Mayra também afirmou que este uso excessivo do me­dicamento foi o responsável pela “imputação” de crime ao fármaco, dizendo que ele teria feito parte da “estigmatização” do medicamento. Ela recla­mou ainda sobre o “policia­mento ideológico” que aconte­ce ao redor dos medicamentos.

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