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Mercado mundial de streaming já é dominado pelos gigantes

Por Mariane Morisawa, especial para o Estado

A Apple mergulha no streaming e na produção de séries de televisão num momento em que as companhias já estabelecidas investem pesado, e o mercado cresce. Segundo levantamento da FX Research, desde 2014, o número de séries roteirizadas nos serviços de streaming cresceu 385%. Em 2018, eram 160 séries no ar, o que representa 32% do total produzido – os canais abertos ficaram com 30% da produção. 

A maior plataforma de streaming é a Netflix, que alcança 139 milhões de assinantes em 190 países. A empresa investiu US$ 12 bilhões em conteúdo no ano passado, 35% a mais do que em 2017, com lançamento esperado de 250 produtos originais nos próximos anos. Entre eles estarão as criações de Shonda Rhimes (de Scandal e Grey’s Anatomy), que tem um contrato de US$ 150 milhões em 5 anos, Ryan Murphy (American Horror Story, Pose), com um pacto de US$ 300 milhões também por 5 anos, e Kenya Barris (Black-ish), que fechou um acordo de US$ 100 milhões em 3 anos, além de Barack e Michelle Obama e Jenji Kohan (Orange is the New Black). 

O novo filme de Martin Scorsese, O Irlandês, foi produzido pela Netflix, assim como Six Underground, superprodução de Michael Bay. O serviço também é forte nas produções locais. Cinco séries brasileiras têm estreia prevista para 2019, incluindo Ninguém tá Olhando, de Daniel Rezende, e Irmandade, de Pedro Morelli.

A Amazon não divulga número de assinantes, mas pesquisa da Consumer Intelligence Research Partners (CIRP) estima o número em 100 milhões só nos Estados Unidos – onde o serviço inclui também descontos na entrega de produtos físicos, por exemplo. A plataforma de vídeo online está disponível em mais de 200 países, e a empresa está investindo bastante em conteúdo produzido fora dos Estados Unidos, anunciando séries no Reino Unido, na Alemanha, na Itália, na Espanha, na Índia, no Japão e no México. Também foram anunciadas uma série de espionagem dos irmãos Russo (Vingadores: Ultimato), com episódios rodados em diversos países e línguas diferentes, e uma outra baseada no universo de O Senhor dos Anéis. A empresa teria adquirido os direitos sobre a obra de J.R.R. Tolkien por US$ 250 milhões, segundo o site Deadline. 

No Brasil, a Globoplay também busca uma fatia do mercado, com produções nacionais originais e exibição de sucessos internacionais como The Handmaid’s Tale. HBO e FOX também têm serviços de streaming para seu conteúdo da televisão por assinatura. E mais novidade pode vir por aí, já que o CEO da Disney, Bob Iger, anunciou planos de expandir a presença internacional do Hulu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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