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Oposição vai apoiar Baleia Rossi

FOTO: LUÍS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

Com o argumento de der­rotar o presidente da Repúbli­ca, Jair Bolsonaro, a oposição definiu nesta segunda-feira, 4 de janeiro, apoiar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa para o comando da Câ­mara nos próximos dois anos. O principal adversário do depu­tado ribeirão-pretano é o líder do Progressistas e do Centrão, Arthur Lira (PP-AL), que tem o aval do Palácio do Planalto.

A definição desta eleição marcada para o dia 1º de feverei­ro será decisiva para os últimos dois anos do governo de Bolso­naro. É o presidente da Câmara quem decide quais projetos se­rão votados na Casa e quais bar­rar, além de ser responsável por dar andamento ou engavetar pedidos de impeachment.

Apesar de já ter assinado uma carta de adesão ao bloco de partidos aliados ao atual presi­dente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do qual Baleia Rossi faz parte, a oposição não tinha ainda batido o martelo em apoio à candidatura do deputado e ameaçava até lançar um nome próprio na disputa, o que pode­ria embaralhar a eleição e enfra­quecer o emedebista.

Em nota divulgada no pe­ríodo da noite desta segunda­-feira, os presidentes e líderes da Rede, PSB, PCdoB, PDT e PT listam compromissos as­sumidos por Baleia Rossi em troca do apoio dos partidos, como a defesa da Constituição, da democracia e da livre atua­ção da oposição na Câmara.

“Nós, dos partidos de opo­sição, temos a responsabilidade de combater, dentro e fora do Parlamento, as políticas antide­mocráticas, neoliberais, de des­monte do Estado e da economia brasileira, e de lutar para que nosso povo possa ter resguarda­dos o direito à vida, à saúde, ao emprego e renda, à alimentação acessível, à educação, à moradia, entre outros direitos essenciais”, dizem os partidos.

A carta dos partidos cita outros compromissos, como o comprometimento de dar espaço à oposição na Casa se vencer a eleição interna, e não barrar Comissões Parlamen­tares de Inquérito (CPIs) e convocações de ministros do governo Jair Bolsonaro, além de pautar projetos de decreto legislativo, capazes de derrubar decretos presidenciais.

Juntas, essas cinco legendas da oposição somam 119 deputa­dos, considerando as bancadas atuais dos partidos com as últi­mas mudanças devido às elei­ções municipais. O Psol, tam­bém parte da oposição e com dez parlamentares, ficou de fora do anúncio desta segunda-feira, mas ainda pode aderir.

A bancada está dividida e tem reunião agendada para o dia 15. Baleia Rossi já tem o apoio do seu partido, do qual é o presidente, além do PSDB, DEM, Cidadania, PV e do ra­chado PSL. Essas siglas somam atualmente 159 deputados. Com a oposição, o bloco fica com 278.

Na outra ponta, o bloco de Lira, líder do Centrão, tem o aval de dez partidos (Progres­sistas, PL, Republicanos, PSD, Solidariedade, PTB, Pros, PSC, Avante e Patriota), que somam 203 parlamentares. Para ganhar a eleição, o candidato precisa ter a maioria dos votos dos 513 deputados, ou seja 257 votos em primeira votação, ou ser o mais votado em segundo turno.

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