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Ovos de Páscoa disparam até 29%  

Além dos preços, receitas também mudaram para driblar crise internacional do cacau; custo das barras de chocolate em Ribeirão Preto também subiu (Agência Brasil)

Os ovos de chocolate estão até 29% mais caros na Páscoa deste ano, segundo levantamento Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB), da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). A pesquisa comparou preços médios de onze supermercados e quatro redes nacionais, apontando variações de 18,76% a 29,01% na comparação com 2024.  
 
Os aumentos significativos são atribuídos à crise no mercado internacional de cacau. A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, 13 de abril, passa pela Sexta-Feira da Paixão (18) e Sábado de Aleluia (19) e termina no Domingo de Páscoa (20), que marca o fim da quaresma para os católicos. 
 
Aumentos generalizados A coleta foi feita no último dia 24 de março e revelou alta em todas as categorias de ovos de Páscoa. Produtos com brinquedo e de menor gramatura foram os mais impactados: o ovo de 200 gramas com brinquedo subiu 29,01%, enquanto os de 100g com brinquedo, 200g tradicional e 100g tradicional registraram aumentos de 20,40%, 19,92% e 18,76%, respectivamente.  
 
No segmento de barras de chocolate, as versões branca (+27,53%), meio amarga (+24,79%) e ao leite (29,36%) também sofreram reajustes importantes. A única exceção foi a caixa de bombons sortidos, que apresentou queda de 10,97%. A pesquisa tem caráter exclusivamente estatístico, sem intenção fiscalizatória, e visa fornecer uma visão técnica sobre a dinâmica de preços no mercado local.  
 
Crise do cacau O cenário de alta nos preços está diretamente ligado à queda na oferta mundial de cacau, causada por condições climáticas adversas e pragas nas principais regiões produtoras da África Ocidental, responsáveis por 75% da produção global.  
 
Para mitigar os impactos, as empresas fabricantes aplicaram medidas como o aumento do uso de chocolate branco (derivado da manteiga de cacau) e a reformulação de receitas com misturas de ingredientes. “Foi uma forma de controlar os custos de produção e garantir o abastecimento do varejo”, avalia Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp.  
 
Diferenças por região O estudo identificou diferenças relevantes entre as cinco regiões de Ribeirão Preto, mas a comparação evidenciou que nenhuma delas concentrou de forma isolada os menores preços médios em todos os produtos. “Os menores preços por item estão distribuídos entre as regiões Norte, Oeste, Central, Sul e Leste, o que indica uma dinâmica de precificação descentralizada”, afirma Ribeiro. 
 
Online pode custar mais Em 2025, comprar os ovos de Páscoa em supermercados e lojas físicas pode significar economia. O estudo do IEMB-Acirp revelou que, dependendo da empresa, os preços no e-commerce podem ser substancialmente mais altos este ano, com diferenças que ultrapassaram 500% em alguns casos, como o da caixa de bombons sortidos.  
 
“Algumas online praticam o mesmo preço da sua loja física, mas outras oferecem opções mais gourmetizadas e linhas premium no varejo on-line. Vale a pena pesquisar. E, se a meta for economizar, a dica é optar pelas opções mais simples disponíveis no varejo físico, que também garantem uma Páscoa divertida em casa”, recomenda o analista do IEMB. 
 
Preços – Segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), existe um comportamento não uniforme dos itens que compõem a cesta de Páscoa. O bacalhau, item tradicional da celebração, teve um aumento de apenas 0,49% nos últimos doze meses, até fevereiro de 2025, o que o torna uma opção atraente para os consumidores.  
 
Itens essenciais para os pratos salgados, como cebola e batata, apresentaram uma queda superior a 50% no mesmo período. Por outro lado, o azeite de oliva, embora tenha registrado uma alta de 9,25% nos últimos doze meses, está em trajetória de desaceleração desde abril de 2024.  
 
Entre os itens que terão aumento expressivo de preços, destacam-se a azeitona e o chocolate. Nos últimos doze meses encerrados em fevereiro de 2025. Nos últimos doze meses até fevereiro de 2025, o preço das azeitonas subiu mais de 25%, enquanto o chocolate teve um aumento de 15,5%. Além disso, as bebidas alcoólicas, como o vinho, acumularam uma alta de 9,52% no mesmo período, superando a inflação geral. 
 
Levantamento preliminar feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) indica que os ovos de chocolate estão 9,52% mais caros neste ano. A alta é menor do que a registrada em 2024, quando esses produtos tiveram avanço de 10,33% nos preços às vésperas da Páscoa. 
 
Com a elevação registrada neste ano de 2025, a alta acumulada dos ovos de Páscoa nos últimos três anos chegou a 43%. Ainda segundo a sondagem, o chocolate teve alta de 27,09% neste ano. Já os bombons tiveram aumento de 13,58%. Outro produto muito consumido durante o período da Páscoa, o bacalhau ficou 3,91% mais caro em relação ao ano passado. 
 
Segundo dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), os preços dos ovos de chocolate e produtos relacionados (bombons, mini ovos, coelhos e barras) registraram aumento médio de 14%. Já as colombas ficaram 5% mais caras.  
 
Entre os produtos importados, a elevação foi, em média, de 20%, com destaque para o azeite (18%), bacalhau (10%) e vinhos importados (7,5%). Nas bebidas, também foram observadas altas nos preços da cerveja (5%), refrigerante (6%) e vinho nacional (7%).  
 

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