Tribuna Ribeirão
DestaqueSaúde

Ozempic e similares terão receitas retidas 

Anvisa decidiu tornar obrigatória a retenção da receita médica na compra de medicamentos como Ozempic, Wegovy e similares (Reprodução)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta quarta-feira, 16 de abril, tornar obrigatória a retenção da receita médica na compra de medicamentos como Ozempic, Wegovy e similares, indicados para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. 
 
A medida, aprovada por unanimidade na reunião pública da diretoria colegiada, amplia o controle sobre a venda desses produtos hoje, a exigência é de apresentação da prescrição no momento da compra. Na prática, as farmácias não poderão mais devolver a receita ao consumidor: o documento ficará retido, como ocorre com antibióticos e remédios controlados.  
 
A validade das receitas será de até 90 dias a partir da data de emissão. “Essa medida tem como objetivo proteger a saúde da população brasileira, especialmente porque foi observado um número elevado de eventos adversos relacionados ao uso desses medicamentos fora das indicações aprovadas pela Anvisa“, informou a agência em nota. 
 
A decisão entrará em vigor 60 dias após a publicação no Diário Oficial da União da alteração na resolução nº 471/2021, na qual também passarão a constar os medicamentos agonistas do GLP-1, categoria que inclui a semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e lixisenatida. 
 
Desvio de finalidade Segundo dados apresentados na reunião por Thamires Capello, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (USP), 45% das pessoas que usam medicamentos à base de semaglutida ou tirzepatida não possuem prescrição médica. “E, dentro desse grupo, 73% relatam nunca ter recebido qualquer orientação profissional”, afirmou. 
 
Ainda de acordo com o levantamento, 56% dos usuários utilizam os fármacos com o objetivo de emagrecimento, sendo que 37% não apresentam sobrepeso ou obesidade o que revela um desvio de finalidade. “A banalização do uso compromete o acesso para quem realmente precisa”, completou Thamires. Mais da metade daqueles que realmente necessitam dos produtos (54%) relatou dificuldade de encontrar o medicamento nos pontos de venda. 
 

Postagens relacionadas

Caso Locomotiva – Dnit vai avaliar projetos de Ribeirão

Redação 1

Celebridades atraem visitantes em estandes da Agrishow

Redação 10

Ação contra grevistas do Daerp é extinta

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com