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Padre Marcelo Rossi não vai processar agressora

O padre Marcelo Rossi, que caiu e sofreu escoriações ao ser empurrado do altar por uma mu­lher, durante celebração de missa, no último domingo, 14 de julho, em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, reafirmou nesta se­gunda-feira (15) que não pretende processar a agressora.

Em mensagem de vídeo di­rigida a fiéis, ele afirmou que o melhor boletim de ocorrência é bíblia e oração. “Se alguém difama você, faz calúnia contra você, faça o maior BO: Bíblia e oração. Esse é o melhor boletim de ocorrência”, disse. No início da tarde, o vídeo tinha mais de 64 mil visualizações.

O padre foi empurrado por uma mulher que invadiu o altar durante a celebração para 40 mil pessoas, em evento da rede Can­ção Nova. Na queda, o religioso sofreu escoriações e ferimentos na perna. Ouvida no plantão da Polí­cia Civil, em Lorena, a mulher ale­gou que sua intenção era conver­sar com o padre e não agredi-lo.

Perguntada sobre o que con­versaria, ela disse que “isso é entre eu e ele”. Conforme o delegado Daniel Castro, ela alegou sofrer transtorno bipolar e fazer trata­mento psiquiátrico. O delegado considerou suas declarações “de­sencontradas”. Após ser ouvida, ela foi liberada.

O depoimento será encami­nhado à Polícia Civil de Cacho­eira Paulista, que deve aguardar manifestação de interesse do padre em prosseguir com o in­quérito, já que a lesão foi leve e o crime é considerado de baixo potencial ofensivo. Se o padre não se manifestar em seis meses, a ocorrência será arquivada.

A mulher, que teve a identi­dade preservada, viajou do Rio de Janeiro para o evento da Canção Nova na companhia do filho de três anos. A organização do even­to a acompanhou no depoimento, seguido também por um repre­sentante do Conselho Tutelar, de­vido à presença da criança. Após ser liberada, ela passou a noite em uma pousada e viajou na manhã desta segunda-feira(15).

No vídeo, o padre Marcelo afirma que foi um “milagre” ter saído praticamente ileso na queda. “Não bati a cabeça. Todos sabem que tenho problema de coluna e não doeu a coluna. Machucou muito a perna, mas tudo conser­tável. Só agradecer a Deus. Estou ótimo, graças a Deus. Fui salvo por um milagre.”

Devoto de Maria, Mãe de Je­sus, o religioso atribuiu a ela não ter se ferido com gravidade. “Ou­tra vez senti a fúria do inimigo Se o inimigo está furioso, vai ficar mais ainda. Se vocês vissem onde caí, como caí, mas a Mãezinha me segurou. A força para me levantar e continuar a missa, não foi mi­nha, foi divina”, disse.

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