Tribuna Ribeirão
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Pagamentos ao PMDB foram antes de reunião com Temer

O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cru­zou datas de reuniões relatadas por delatores da Odebrecht com as de pagamentos supos­tamente feitos pela empreiteira em benefício do presidente Mi­chel Temer e de peemedebistas. Os valores são oriundos de con­trato de US$ 825 milhões entre a construtora e a área Interna­cional da Petrobras, segundo os colaboradores. Janot ressalta que depósitos realizados no ex­terior pela empreiteira suposta­mente em benefício do PMDB foram feitos em datas próximas a uma reunião em que o pre­sidente teria comparecido, ao lado de executivos e também dos ex-presidentes da Câmara, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves.

Comprovantes de pagamen­tos no exterior, planilhas e os rela­tos dos executivos da empreiteira embasam a denúncia contra o “quadrilhão do PMDB”, suposta­mente liderado pelo presidente e integrado pelo ex-ministro Ged­del Vieira Lima, os ex-presidentes da Câmara Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha, o ex-as­sessor especial de Temer, Rodrigo Loures, e os ministros Eliseu Pa­dilha e Moreira Franco.

Os valores teriam sido arreca­dados na Petrobras, em Furnas, na Caixa Econômica Federal, no Ministério da Integração Nacio­nal, no Ministério da Agricultura, na Secretaria de Aviação Civil e na Câmara dos Deputados.

Segundo os delatores da Odebrecht, deste termo, de US$ 825 milhões, foram acertadas propinas de 5%, sendo 4% para Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Michel Temer, e 1% para o PT. A cifra destina­da ao PMDB teria chegado aos R$ teria chegado aos R$ 40 mi­lhões, afirmam delatores.

Os valores ao PMDB teriam sido acertados em reunião, no dia 15 de julho, no escritório do pre­sidente, em São Paulo..

A reunião nesta data e local não é só mencionada pelos de­latores como aparece em um rol de perguntas que o ex-deputado Eduardo Cunha fez a Temer, en­quanto sua testemunha de defesa em processo na Operação Lava Jato, em 2016, um ano antes de a construtora ver homologado seu acordo de delação. O conteúdo delas foi vetado pelo juiz federal Sérgio Moro, por entender que não havia conexão entre as inda­gações de Cunha, hoje condena­do a 15 anos de prisão, e o proces­so pelo qual respondia.

O ex-procurador-geral da Re­pública identificou relações entre a reunião e pagamentos realiza­dos pela Odebrecht supostamen­te em benefício do PMDB.

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