Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci afirmou, na tarde desta quarta-feira, que havia um ‘pacto de sangue’ firmado entre Odebrecht e PT que resultou num pacote de propina de R$ 300 milhões. A informação foi antecipada em coletiva à imprensa pelo criminalista Adriano Bretas, que defende o ex-ministro. Bretas disse que parte das vantagens indevidas foram utilizadas para a compra de um terreno para a construção da nova sede do Instituto Lula.
“Ele (Palocci) disse que havia um pacto de sangue no pacote de propinas que se desdobraria na compra do terreno para o Instituto Lula e num pacote de R$ 300 milhões em propina que seriam disponibilizados em planilha”. disse o advogado do ex-ministro.
Bretas afirmou ainda que Palocci admitiu a Moro que Lula acompanhou cada passo do andamento das operações de repasses ilícitos que culminaram com a compra do imóvel para o Instituto Lula.
“Ficou claro que esse assunto do Instituto Lula foi deliberado por Paulo Okamoto, por José Carlos Bumlais e por Palocci”, disse Bretas.
O depoimento de Palocci foi prestado no âmbito da segunda ação que Lula é réu em Curitiba no caso da compra do terreno em São Paulo e a de um imóvel vizinho ao apartamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo.