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PARALELEPÍPEDOS – Piso da Nove de Julho é retirado

GUILHERME SIRCILI

Tombados pelos órgãos de preservação do patrimônio his­tórico e cultural, os paralelepí­pedos da avenida Nove de Julho começaram a ser retirados nesta segunda-feira, 26 de junho, no trecho em que a obra se concen­tra inicialmente, entre as ruas Comandante Marcondes Salga­do e Garibaldi, na Zona Sul.

Compactação
Antes de recolocar os parale­lepípedos, a equipe da Constru­tora Metropolitana, contratada pela prefeitura para executar a obra, vai criar uma compactação de várias camadas no subleito para que as pedras centenárias não saiam mais do lugar, provo­cando os atuais desníveis que há tanto tempo têm incomodado motoristas e usuários de ônibus.

Depois de uma camada su­per compactada de terra, o solo vai receber brita, 12 centímetros de concreto armado e, por fim, areia compactada. Só depois, os paralelepípedos serão reco­locados de forma alinhada. Em cada trecho também serão feitos ajustes nas guias e sarjetas para construção de rampas de acesso a pessoas com mobilidade redu­zida, tanto nas calçadas quanto nos canteiros.

Canteiros
Os canteiros também serão totalmente restaurados, com os ladrilhos portugueses que formam os mosaicos pretos e brancos retirados e recolocados, depois que os canteiros forem refeitos. Cada trecho de dois quarteirões tem previsão de oito semanas para ficar pronto.

Em seguida, o trecho é libe­rado para circulação de veículos e pedestres e os dois quarteirões seguintes são interditados para receber o mesmo tratamento. Com data de entrega marcada para junho do ano que vem, a obra deve cobrir em um ano os dez quarteirões que formam os dois quilômetros da avenida (um quilômetro e 60 metros de cada lado).

Investimento
As obras na avenida Nove de Julho estão sendo efetuadas pela Construtora Metropolitana, do Rio de Janeiro, que venceu a concorrência pública número 017/2022 ao apresentar o menor valor – R$ 31.132.101,77. O pra­zo para a execução dos servido­res é de doze meses, entre maio e junho de 2024.

As obras incluem o trecho entre a avenida Independência e a rua Tibiriçá, e a obra de cons­trução do corredor da Costábile Romano, que começa na Nove de Julho, na parte não tombada da avenida, será realizada entre a Independência e a Portugal, seguindo pela via principal em toda a sua extensão e depois pela Presidente Kennedy até o Par­que Industrial Lagoinha.

Equipes
As obras de mobilidade e de restauro e revitalização da ave­nida Nove de Julho serão feitas simultaneamente por três equi­pes de trabalhadores da Cons­trutora Metropolitana. No dia 14, a empresa apresentou um detalhado plano de execução aos representantes dos setores do comércio e de serviços. Se­rão três frentes de trabalho.

A primeira se concentra na restauração da avenida e na construção de um corredor exclusivo para ônibus em toda a extensão da Nove de Julho. Outra equipe vai construir uma galeria de águas pluviais na rua Marcondes Salgado, enquanto a terceira turma vai fazer uma galeria idêntica na rua São José. As duas galerias vão solucionar o alagamento da região Central.

Vão criar uma ligação sub­terrânea entre as avenidas Nove de Julho e Doutor Francisco Jun­queira. Hoje, as águas da chuva que descem do Alto da Cidade, acumulam na região do Shopping Santa Úrsula e, em seguida, ain­da mais abaixo, em outras ruas do Centro. Com a construção das duas galerias, descerão sub­terraneamente, direto para o córrego Retiro Saudoso.

Etapas
Para evitar grandes inter­venções no trânsito, os trabalhos serão executados a cada dois quarteirões, tanto nas ruas Mar­condes Salgado e São José quan­to na avenida Nove de Julho. A ideia é que as obras não inter­rompam o funcionamento do comércio e da prestação de ser­viços na centenária avenida, que abriga um dos principais centros comerciais de Ribeirão Preto.

Cada equipe conta com 25 homens, além de um coorde­nador específico. E o canteiro de obras, com refeitório, almoxa­rifado, oficina e banheiros, será montado na Nove de Julho entre a Floriano Peixoto e a Marechal Deodoro, num trecho do cantei­ro central onde não há árvores.

Sibipirunas
Plantadas em 1949 e tomba­das em 2008, todas as sibipirunas serão preservadas, assim como os paralelepípedos e os azulejos por­tugueses que formam os mosai­cos do canteiro central. Eles serão retirados e recolocados de forma totalmente alinhada.

No caso dos paralelepípe­dos, depois de retirados, será feita uma compactação de ter­ra no subleito. Em seguida, a base do solo receberá uma ca­mada de brita e, sobre ela, ou­tra camada de 12 centímetros de concreto armado. Depois, o piso ainda receberá um berço de areia compactado.

Somente após esta etapa, re­ceberá novamente os paralelepí­pedos, que não correrão o risco de voltar a sofrer os desníveis atuais que, há vários anos, têm incomodado motoristas e usuá­rios de ônibus. Após a conclusão das obras, o estacionamento de veículos no canteiro central será proibido por causa da implan­tação de corredor de ônibus do transporte coletivo.

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