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Parque aguarda plano de manejo

ALFREDO RISK

A prefeitura de Ribeirão Preto decidiu interditar, em 12 de julho, o Parque Jardim Olhos D’Água, na Zona Sul, por causa da infestação de carrapato-estrela. A medida foi tomada pela Divisão de Vigilância Ambiental da Se­cretaria Municipal da Saúde depois de denúncias de fre­quentadores do local.

Segundo nota enviada ao Tribuna pela Coordenadoria I das ações de Vigilância Am­biental em Saúde, ligada à Di­visão de Vigilância Ambiental, não há data definida para rea­bertura do parque. A liberação do espaço para visitação vai depender do manejo das capi­varas que hoje vivem no local.

“O Parque Olhos D’Água permanece fechado para o público, sem previsão de re­abertura. No momento, a Di­visão de Vigilância Ambien­tal está em contato com os órgãos estaduais e municipais (secretarias) de Meio Am­biente para definição do pla­no de manejo das capivaras e da infestação de carrapatos no local”, diz o comunicado.

Técnicos da Divisão de Vi­gilância Ambiental verificaram a presença de grande número de capivaras, vetores dos car­rapato-estrela, circulando pelo parque. Com isso, foi constata­do um elevado risco de trans­missão de febre maculosa.

Em 2014, durante ao go­verno da ex-prefeita Dárcy Vera, o Parque Maurílio Bia­gi, localizado ao lado do Ter­minal Rodoviário, na região Central da cidade, também foi interditado por causa de infestação de carrapatos.

Na época, foi instalado um alambrado às margens do cór­rego Laureano, no trecho que corta o parque, com o objetivo impedir a circulação de capi­varas. O local ficou interditado por seis meses – entre agos­to de 2014 e 31 de janeiro de 2015. A infestação no parque também ocorreu por causa da quantidade de capivaras no córrego que cruza o recinto.

Os animais, segundo bi­ólogos, são hospedeiros do parasita transmissor da febre maculosa, doença que pode le­var os seres humanos à morte. Na época, a prefeitura limpou as áreas contaminadas e subs­tituiu a areia dos playgrounds, além de instalar defensas de concreto ao redor do córrego, para evitar que as capivaras acessassem o parque.

Na mesma época, uma área do campus da Universidade de São Paulo (USP) também foi interditada por causa deste mesmo problema. As medidas, no entanto, não foram sufi­cientes para acabar com a in­festação. Isso porque, apesar de se reproduzir uma vez por ano, a fêmea do carrapato coloca de mil a 20 mil ovos por vez.

Pesquisadores da Facul­dade de Medicina Veteriná­ria e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) e da Superintendên­cia do Controle de Endemias (Sucen) já comprovaram que as capivaras apresentam um importante papel na trans­missão da febre maculosa.

A febre maculosa é trans­mitida aos seres humanos pela picada do carrapato-estrela infectado com riquétsia. A doença causa febre, dor mus­cular, cefaléia e, em 70% dos casos, manchas na pele a partir do terceiro dia após a infecção, podendo haver necrose das ex­tremidades e, nos casos mais graves, levar à morte.

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