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Preço do etanol bate novo recorde

ALFREDO RISK

Segundo o levantamento semanal da Agência Nacio­nal do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 10 e 16 de outubro, os preços médios dos combustíveis dispararam em Ribeirão Preto. O litro do etanol está acima de R$ 4,55 e bateu novo recorde. A gasoli­na superou R$ 6.

O preço médio cobrado pelo litro do álcool hidratado saltou de R$ 4,518 para R$ 4,573 – o maior valor da histó­ria desde que a agência passou a pesquisar preços no municí­pio –, alta de 1,2%. O recorde anterior, de R$ 4,518, havia sido constatado na semana an­terior, em 9 de outubro.

O preço do litro da gasoli­na agora custa, em média, R$ 6,034, alta de 2,2% em relação aos R$ 5,902 cobrados ante­riormente – lembrando que este é o preço médio, ou seja, tem posto cobrando muito mais pelo produto. A paridade entre os derivados de cana-de­-açúcar e de petróleo continua acima do limite. Agora está em 75,8%, ante 76,6% do dia 9. Che­gou a 77,1% em 26 de junho.

Reflexo dos reajustes prati­cados nas refinarias da Petro­bras na semana anterior e nas usinas paulistas, os preços dos combustíveis dispararam de vez em grande parte dos mais de 250 postos de Ribeirão Pre­to e a alta generalizada já pesa no bolso do consumidor.

A gasolina custa R$ 6,30 (R$ 6,297) nos postos ban­deirados e o etanol sai por R$ 4,90 (R$ 4,897). Porém, tem posto cobrando entre R$ 6,40 (R$ 6,399) e R$ 6,80 (R$ 6,799) pelo litro do derivado do pe­tróleo e entre R$ 5 (R$ 4,999) e R$ 5,30 (R$ 5,299) pelo da cana-de-açúcar.

Nos sem-bandeira, a média para a gasolina é de R$ 5,950 (R$ 5,949) e a do etanol chega a R$ 4,55 (R$ 4,549), mas tem re­vendedor cobrando R$ 6,05 (R$ 6,049) e R$ 4,60 (R$ 4,599), res­pectivamente. O consumidor deve pesquisar porque há va­riação para mais e para menos tanto nos bandeirados quanto nos independentes.

Com base nos valores de R$ 4,90 para o derivado da cana e de R$ 6,30 para o do petróleo, a paridade está em 77,8% e não é vantajoso abas­tecer com álcool, o limite é de 70%. O preço do óleo diesel subiu 8,89% nas refinarias da Petrobras em 29 de setembro.

O litro passou de R$ 2,81 para R$ 3,06, aporte de R$ 0,25. Os valores de R$ 6,80 para a gasolina e de R$ 5,30 para o etanol são os maiores da história – chegaram a R$ 6 (ou R$ 5,999) e R$ 5 (R$ 4,999) du­rante a greve dos caminhonei­ros, em maio de 2018, quando o etanol atingiu R$ 5 (ou R$ 4,999), mas a situação não era de mercado, e sim atípica.

Usinas
O preço do etanol voltou a subir nas usinas paulistas pela segunda semana seguida. O hidratado já ultrapassou a barreira de R$ 3,40. O litro do álcool combustível avançou de R$ 3,3411 para R$ 3,4292, au­mento de 2,64%.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – avançou 2,50% e está acima de R$ 3,90.
Passou de R$ 3,8432 para R$ 3,9393. Os dados foram divul­gados na sexta-feira (15), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultu­ra Luiz de Queiroz da Universi­dade de São Paulo (Esalq/USP).

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