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Reajuste de Tarcísio de Freitas revolta policiais civis

Após quase dois anos sem qualquer aumento salarial, governador encaminhou projeto com reajuste de 5% para funcionalismo

Segundo a presidente do Sinpol, o salário do policial civil no estado de São Paulo está entre os mais baixos do País, apesar de ser o estado que mais arrecada (Foto: Sinpol/Divulgação)

Por: Adalberto Luque

O Sindicato dos Policiais Civis da região de Ribeirão Preto (Sinpol) afirma que a categoria está revoltada com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Segundo a presidente do Sinpol, ele anunciou um reajuste muito abaixo das perdas salariais dos policiais civis no período.

Tarcísio de Freitas encaminhou, no dia 30 de abril, um projeto para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), propondo um reajuste de 5% para diversas categorias de servidores públicos, entre elas a Polícia Civil.

A proposta ainda será analisada por comissões, antes de ser votada em plenária. De acordo com a equipe de governo, terão direito ao reajuste mais de 925 mil funcionários públicos e o impacto financeiro previsto será de R$ 2,4 bilhões em 2025 e R$ 3,7 bilhões para os próximos anos.

Tarcísio enviou para Alesp proposta de reajuste de 5% após dois anos sem majorar os salários dos policiais civis (Foto: Marcelo S. Camargo/Governo SP)

Revolta

Segundo a presidente do Sinpol, o índice proposto pelo governador é pífio. “Estamos sem ter reajuste desde julho de 2023. São quase dois anos. E quando esse reajuste for aprovado, se houver celeridade, já teremos completado esses dois anos. Ele aplicou praticamente o acumulado na inflação de 12 meses, não levou em conta a inflação dos outros 12 meses anteriores”, explica Fátima.

Para ela, o governador está desrespeitando os policiais civis. “Ele e sua equipe entraram dizendo que iriam valorizar os policiais civis, militares e penais. Mas nosso salário está entre os piores pagos pelos estados brasileiros. São Paulo, o estado mais importante do Brasil, o que mais arrecada, paga entre os quatro piores salários de policiais civis no País”, dispara.

A presidente do Sinpol foi informada do projeto justamente durante uma reunião na Alesp, com o deputado Reis (PT), sobre as reivindicações da categoria, na quarta-feira (30). “Foi um balde de água fria. Estamos em plena Campanha Salarial. Tarcísio nunca respeitou nossa data-base, que é março. Jamais sentou-se para dialogar com os policiais civis. Ele despreza o policial civil, despreza a segurança pública e despreza a população”, aponta Fátima.

O Sinpol e outras entidades acompanham a elaboração da Lei Orgânica da Polícia Civil de São Paulo. A equipe de governo, segundo o sindicato, criou um grupo de trabalho unilateral, apenas com outros burocratas, sem a participação de representantes dos policiais civis.

A Lei Orgânica estadual é decorrente da federal, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023. “São Paulo é um dos estados mais atrasados. Há outros que já estão com suas leis elaboradas e aprovadas”, diz.

O encontro com o deputado Reis, segundo Fátima, além de tratar da Lei Orgânica, previa a elaboração de uma pauta de reivindicações. “Entre outras questões, pedimos 11,45% de reajuste, que é a inflação acumulada, com 4,62% em 2023 e 4,83% em 2024. Além disso, nomeação imediata dos aprovados no último concurso, pois a defasagem na Polícia Civil passa de 12 mil. Isso impede o trabalho de investigação e outras atividades. E outras questões já determinadas por Lei Federal e não seguidas pelo governo estadual.”

O Sinpol e os demais sindicatos estudam pressionar o governo e, se preciso, realizar mobilizações e protestos. “São Paulo é o coração do Brasil e paga um dos salários mais baixos aos policiais civis. É preciso que o governador entenda que é a Polícia Civil quem leva sensação de segurança à população, ao lado da Polícia Militar. E isso parece não estar sendo visto por Tarcísio. Ele despreza os policiais civis”, conclui.

Outro lado

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informa que as medidas tomadas pela atual gestão reforçam o compromisso com a valorização policial, como reajuste inédito em um primeiro ano de gestão e a proposta de 2025, acima da inflação do último ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“A SSP também está comprometida em reduzir o déficit na Polícia Civil e realizou a maior contratação de policiais em 14 anos, com mais de 9,1 mil novos agentes, sendo mais de 3,4 mil para a Polícia Civil. Os profissionais foram distribuídos pelo estado, incluindo a região do Deinter 3 [região de Ribeirão Preto], que recebeu cerca de 200 agentes. A Polícia Civil também está realizando concursos para preencher 3,1 mil vagas.”

 

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